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Privatização esquenta debate entre candidatos à Presidência
O debate com os candidatos à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado nesta quinta-feira, no SBT, foi marcado pela troca de farpas entre os candidatos no tema das privatizações. No geral, o debate apresentou os dois candidatos mais contidos, em comparação com o primeiro debate do segundo turno, realizado pela Rede Bandeirantes. Lula acusou o governo Fernando Henrique Cardoso de privatizar e não resolver o problema da dívida, quase levando o país a quebrar. "Quero saber (...) qual é a sua visão sobre privatização", perguntou o presidente ao tucano.
Alckmin respondeu que existiram avanços com as privatizações e citou a telefonia como exemplo. Disse que com as privatizações foram investidos R$ 100 bilhões no País. "Se tivesse dado errado, teria reestatizado". "Não tem nenhum problema privatizar,o problema é dizer que vou privatizar o Banco do Brasil, Petrobras", disse Alckmin. O candidato ainda provocou o adversário dizendo que não privatizou o Banco de São Paulo.
Lula, na réplica, quis saber o que foi feito com o dinheiro das privatizações do governo FHC. "Aonde foi parar esse dinheiro. Por que não foi aplicado este dinheiro em política social, em criação de emprego? Não foi aplicado em nada", provocou Lula.
Alckmin finalizou dizendo: "eu vou cortar gastos, cortar juros, para o Brasil crescer por que é isto que interessa".
Agricultura O primeiro tema sorteado no debate foi agricultura. Lula começou falando que o País passa por crises cíclicas nesse setor e que o governo federal fez tudo o que podia. Ele enumerou os investimentos na área e declarou que é possível impedir que as intempéries afetem o setor.
Alckmin atacou dizendo que a agricultura foi levada, pela omissão do governo Lula, à maior crise dos seus últimos 40 anos. Ele ressaltou a falta de investimentos em defesa sanitária, que resultaram na volta da febre aftosa e da doença de New Castel, a paralisação da indústria de máquinas. E afirmou que quem vai pagar o preço é o consumidor, porque os preços dos alimentos estão subindo.
Corrupção Em sua vez de questionar, o tucano partiu para o ataque e enumerou as denúncias de corrupção contra o governo do presidente. Cobrou que há 34 dias a "sociedade brasileira merece explicações" sobre a origem do dinheiro que seria utilizado na compra de um dossiê contra candidatos do PSDB.
Lula rebateu dizendo que "essa campanha vai acabar sendo de uma nota só", referindo-se à repetição do tema. "Se as coisas apareceram é porque o governo está apurando", afirmou o presidente. Segundo ele, nos governos anteriores "costumava-se empurrar CPI e denúncia pra debaixo da mesa". E acusou Alckmin de querer que ele fizesse julgamentos "com as próprias mãos".
A reposta de Alckmin foi irônica: "não é uma campanha de uma nota só, foram um milhão e 700 mil notas", referindo-se ao R$ 1,7 milhão que seria utilizado na negociação do dossiê.
Saúde O tema seguinte foi o da saúde, em que Lula enumerou recursos investidos pelo governo federal na área. Citou a criação do SAMU e o aumento no repasse aos Estados e Municípios de R$ 1 para R$ 3 por medicamento.
Alckmin respondeu dizendo que a saúde piorou no atual governo. Citou a falta de reajuste tabela do SUS e a baixa qualidade no atendimento da rede pública. "Pra mim não tá bom", afirmou o tucano.
"Não tá bom pro Alckmin porque ele não usa a saúde pública", rebateu Lula. Mas admitiu que ainda há muito para melhorar no setor.
Gastos públicos Em seguida, Lula e Alckmin polemizaram sobre o gasto do governo federal com o pagamento de juros. O tucano acusou Lula de gastar R$ 329 bilhões e disse que o governo está promovendo um programa de concentração de renda, citando o lucro extraordinário dos bancos, ao que chamou de "bolsa-juros" e "bolsa-banqueiros".
Lula rebateu as críticas dizendo que quer "que o banco ganhe dinheiro emprestando dinheiro mais barato para o povo". Ele afirmou que os juros cobrados são a metade dos praticados no governo anterior e que, pela primeira vez em 23 anos, as empresas brasileiras tiveram mais lucro que as instituições bancárias.
Encerramento Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) encerraram o debate mandando uma mensagem para os telespectadores. Ambos destacaram a geração de empregos como prioridade.
Lula usou seus três minutos para citar alguns números do seu governo e ironizou: "para que o adversário anote". Disse que o passado condena alguns, absolve outros e que a prática política faz a gente entender melhor. O presidente disse ainda que tem um sonho de gerar muitos empregos e que vai trabalhar por isso. Encerrou pedindo que o brasileiro "vote naquilo que está vendo".
Alckmin afirmou que o PT "já teve sua chance" e que o governo Lula foi um "descalabro" do ponto de vista ético. Afirmou ainda que a administração petista "não funciona" e que o Brasil "não saiu do lugar". O tucano voltou a afirmar que não vai privatizar estatais e acusou o presidente de usá-las como instrumento político, o que gerou "ineficiência" e "corrupção". Encerrou dizendo que vai trabalhar pelo emprego: "esse é o grande problema brasileiro".
Alckmin respondeu que existiram avanços com as privatizações e citou a telefonia como exemplo. Disse que com as privatizações foram investidos R$ 100 bilhões no País. "Se tivesse dado errado, teria reestatizado". "Não tem nenhum problema privatizar,o problema é dizer que vou privatizar o Banco do Brasil, Petrobras", disse Alckmin. O candidato ainda provocou o adversário dizendo que não privatizou o Banco de São Paulo.
Lula, na réplica, quis saber o que foi feito com o dinheiro das privatizações do governo FHC. "Aonde foi parar esse dinheiro. Por que não foi aplicado este dinheiro em política social, em criação de emprego? Não foi aplicado em nada", provocou Lula.
Alckmin finalizou dizendo: "eu vou cortar gastos, cortar juros, para o Brasil crescer por que é isto que interessa".
Agricultura O primeiro tema sorteado no debate foi agricultura. Lula começou falando que o País passa por crises cíclicas nesse setor e que o governo federal fez tudo o que podia. Ele enumerou os investimentos na área e declarou que é possível impedir que as intempéries afetem o setor.
Alckmin atacou dizendo que a agricultura foi levada, pela omissão do governo Lula, à maior crise dos seus últimos 40 anos. Ele ressaltou a falta de investimentos em defesa sanitária, que resultaram na volta da febre aftosa e da doença de New Castel, a paralisação da indústria de máquinas. E afirmou que quem vai pagar o preço é o consumidor, porque os preços dos alimentos estão subindo.
Corrupção Em sua vez de questionar, o tucano partiu para o ataque e enumerou as denúncias de corrupção contra o governo do presidente. Cobrou que há 34 dias a "sociedade brasileira merece explicações" sobre a origem do dinheiro que seria utilizado na compra de um dossiê contra candidatos do PSDB.
Lula rebateu dizendo que "essa campanha vai acabar sendo de uma nota só", referindo-se à repetição do tema. "Se as coisas apareceram é porque o governo está apurando", afirmou o presidente. Segundo ele, nos governos anteriores "costumava-se empurrar CPI e denúncia pra debaixo da mesa". E acusou Alckmin de querer que ele fizesse julgamentos "com as próprias mãos".
A reposta de Alckmin foi irônica: "não é uma campanha de uma nota só, foram um milhão e 700 mil notas", referindo-se ao R$ 1,7 milhão que seria utilizado na negociação do dossiê.
Saúde O tema seguinte foi o da saúde, em que Lula enumerou recursos investidos pelo governo federal na área. Citou a criação do SAMU e o aumento no repasse aos Estados e Municípios de R$ 1 para R$ 3 por medicamento.
Alckmin respondeu dizendo que a saúde piorou no atual governo. Citou a falta de reajuste tabela do SUS e a baixa qualidade no atendimento da rede pública. "Pra mim não tá bom", afirmou o tucano.
"Não tá bom pro Alckmin porque ele não usa a saúde pública", rebateu Lula. Mas admitiu que ainda há muito para melhorar no setor.
Gastos públicos Em seguida, Lula e Alckmin polemizaram sobre o gasto do governo federal com o pagamento de juros. O tucano acusou Lula de gastar R$ 329 bilhões e disse que o governo está promovendo um programa de concentração de renda, citando o lucro extraordinário dos bancos, ao que chamou de "bolsa-juros" e "bolsa-banqueiros".
Lula rebateu as críticas dizendo que quer "que o banco ganhe dinheiro emprestando dinheiro mais barato para o povo". Ele afirmou que os juros cobrados são a metade dos praticados no governo anterior e que, pela primeira vez em 23 anos, as empresas brasileiras tiveram mais lucro que as instituições bancárias.
Encerramento Os candidatos à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) encerraram o debate mandando uma mensagem para os telespectadores. Ambos destacaram a geração de empregos como prioridade.
Lula usou seus três minutos para citar alguns números do seu governo e ironizou: "para que o adversário anote". Disse que o passado condena alguns, absolve outros e que a prática política faz a gente entender melhor. O presidente disse ainda que tem um sonho de gerar muitos empregos e que vai trabalhar por isso. Encerrou pedindo que o brasileiro "vote naquilo que está vendo".
Alckmin afirmou que o PT "já teve sua chance" e que o governo Lula foi um "descalabro" do ponto de vista ético. Afirmou ainda que a administração petista "não funciona" e que o Brasil "não saiu do lugar". O tucano voltou a afirmar que não vai privatizar estatais e acusou o presidente de usá-las como instrumento político, o que gerou "ineficiência" e "corrupção". Encerrou dizendo que vai trabalhar pelo emprego: "esse é o grande problema brasileiro".
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/267253/visualizar/
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