Soldado conduzia carro-bomba que explodiu na Universidade Militar de Bogotá

Uma pessoa vestida com uniforme da Marinha colombiana dirigia o carro-bomba que explodiu nesta quinta-feira na Universidade Militar de Bogotá, deixando cinco feridos, revelou o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos.

Em entrevista coletiva, Santos disse que o veículo ingressou no lugar às 6H45 local (8H45 de Brasília) e duas horas depois explodiu num estacionamento localizado entre as salas da Universidade e a Escola Superior de Guerra, onde se formam os altos comandantes das Forças Militares.

Santos negou-se a atribuir o acontecimento a algum grupo armado ilegal em particular, destacando que não podem fazer especulações e que "seria irresponsável fazer algum tipo de conjectura enquanto a investigação não apontar algo".

Segundo o ministro, os investigadores calculam que o carro-bomba continha 60 quilos de explosivo R-1, que, ao ser ativado por um mecanismo de tempo, destruiu três veículos e causou danos materiais nas instalações da Universidade calculados em 400 milhões de pesos (cerca de 171.000 dólares).

O veículo, uma caminhonete Ford Explorer, foi adquirido com uma carteira de identidade falsa em nome de Reinaldo Camelo, já morto, disseram as autoridades.

O presidente Alvaro Uribe liderou por volta do meio-dia um conselho de segurança, do qual participou o prefeito da capital colombiana, Luis Eduardo Garzón, e comandantes do Exército e da Polícia.

O governo decidiu estabelecer um amplo dispositivo de controle e segurança na cidade, similar ao realizado durante a posse de Uribe, no dia sete de agosto.

Também será "reforçada a coordenação dos serviços de Inteligência, sob a direção de uma equipe integrada por representantes do ministério da Defesa, da Polícia, do serviço de Inteligência (DAS) e da Promotoria.

A explosão feriu um oficial, três suboficiais e um soldado, e causou lesões leves em pelo menos 16 pessoas, a maioria estudantes civis da Universidade.