Funcionários do BNDES mantêm greve nesta sexta-feira
A decisão deveu-se ao fato de a direção - que está reunida na sede do banco, no Rio de Janeiro - não ter apresentado uma contra-proposta às reivindicações dos trabalhadores.
Os 1,9 mil empregados da instituição no Rio de Janeiro reivindicam reajuste de 20%, incluindo reajuste salarial e reposição de perdas acumuladas desde o início do Plano Real, em 1994, mais uma remuneração e meia a título de abono.
O banco havia oferecido meio salário de abono e o reajuste de 3,84%, o mesmo concedido aos bancários pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas rejeitou a proposta de reposição de perdas decorrentes do Plano Real.
A comissão de negociação da Associação de Funcionários do BNDES (AFBNDES) marcou uma nova assembléia para as 11 horas desta sexta-feira, para reavaliar o movimento e definir novas ações. A expectativa da categoria é que até lá a administração do banco se manifeste.
De acordo com o assessor político e de comunicação da entidade, Washington Santos, a proposta inicialmente apresentada pelo BNDES não contemplava cláusulas consideradas importantes pelos trabalhadores, dentre elas, a relativa à isonomia funcional.
Ele disse que, a partir de 1998, quem ingressou em uma empresa pública por meio de concurso passou a integrar um novo quadro. "Esse quadro tem um plano de cargos e salários rebaixado: não oferece as mesmas condições de expansão na carreira em termos salariais que o quadro antigo", afirmou, acrescentando que essa falta de isonomia tem complicado o próprio ambiente interno de trabalho no banco.
Por isso, acrescentou, a comissão quer que o banco ofereça alguma proposta que sinalize para o término dessa diferenciação.
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