Unidade da Nokia vê demanda explosiva por celular de US$339 mil
O aparelho "Signature Cobra", um celular de safira e ouro com uma cobra cravada de diamantes e rubis na lateral, foi lançado há duas semanas em Paris e Mumbai, com foco no número cada vez maior de endinheirados do planeta.
"Até agora, estamos vendendo (os aparelhos) mais rápido do que conseguimos produzi-los", disse o presidente da Vertu, Alberto Torres, em entrevista durante o Congresso Mundial do Luxo, em Paris.
"Nós só fizemos dois e já vendemos cinco. Somente faremos oito."
A Vertu, uma das menores unidades da Nokia mas a mais lucrativa, está bancando suas apostas de crescimento nos mercados emergentes, onde a gigante da telefonia móvel registrou aumento de 20 por cento em suas vendas puxadas por redução de preços de aparelhos mais simples.
Entre os mais famosos clientes da Vertu estão a cantora Beyonce e o jogador de futebol David Beckham, mas a empresa, junto com a joalheria francesa Boucheron, lançou o "Cobra" em Mumbai, pois espera que a maior parte de seus futuros clientes esteja na Índia.
"A Índia não é somente um dos nossos maiores mercados, mas é um mercado que achamos que será muito grande no futuro", disse Torres.
Enquanto analistas esperam que a Nokia venda cerca de 330 milhões de celulares no mundo este ano, a uma média de cerca de 100 euros cada, a Vertu deve vender dezenas de milhares de celulares a preços entre 3,5 mil e 270 mil euros.
Torres acredita que esse nicho de mercado pode atingir mais de 1 milhão de unidades no curto prazo e possivelmente mais que isso no prazo de uma década.
O executivo informou que a Vertu não vê limites territoriais para seu crescimento. A empresa vende produtos na Europa, EUA, China, Oriente Médio e Índia e em breve iniciará atividades na América do Sul e, em 2008, no Japão, o maior mercado mundial de artigos de luxo.
"Existe um apetite por produtos de luxo em todos os lugares do mundo", disse o executivo.
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