China pressiona líder norte-coreano
O ex-ministro das Relações Exteriores, Tang Jiaxuan, teria levado uma mensagem do presidente chinês, Hu Jintao, pedindo moderação a Pyongyang.
O encontro aconteceu em um momento de crescente preocupação com rumores de que a Coréia do Norte estaria preparando um segundo teste nuclear.
Em entrevista à rede de TV americana ABC, o vice-ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Li Gun, disse que um novo teste seria natural e que os Estados Unidos não deveriam se surpreender caso ele acontecesse.
Nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China alertou contra expansões “impulsivas” de sanções contra o regime de Kim Jong-il.
“As sanções devem ser um sinal e não um objetivo”, disse o porta-voz do ministério, Liu Jianchao, numa entrevista coletiva.
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, ameaçou a Coréia do Norte de “novas medidas”, caso um segundo teste aconteça.
Rice está na Coréia do Sul em uma viagem para conseguir angariar apoio contra a realização de novos testes nucleares. Ela deve seguir à China em seguida e já passou pelo Japão, que concordou em realizar inspeções nos navios norte-coreanos.
A viagem de Rice veio depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma série de sanções contra a Coréia do Norte em resposta aos testes nucleares.
“Recepção cautelosa”
Para o correspondente da BBC em Seul, Charles Scanlon, Condoleezza Rice pode esperar uma recepção cautelosa por parte da Coréia do Sul, que pressiona por uma política menos agressiva e ainda prefere medidas que visem a reconciliação e o engajamento econômico.
Um diplomata americano disse que Rice vai tentar pressionar a Coréia do Sul para que incremente a inspeção de navios suspeitos de carregar materiais que possam ser usados na construção de armas de destruição em massa.
A agência de notícias Yonhap afirma que Seul está se preparando para endurecer as inspeções de navios que estejam indo para a Coréia do Norte e bloquear subsídios para um projeto comum de incentivo ao turismo norte-coreano.
O governo sul-coreano estava relutante na aplicação de sanções por temer um novo conflito militar com o Norte.
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