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Economia
Domingo - 03 de Março de 2013 às 13:06

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Consumidor paga até 87% mais caro pelo peixe de rio se comparado ao pescado criado em tanque. Disparidade entre os preços deve ser mantida mesmo após o fim da piracema, que terminou no dia 28 de fevereiro. Para se ter uma noção, um peixe inteiro, da espécie piraputanga, é vendido por uma média de R$ 15 (kg) se originário de rio, enquanto que o mesmo produto proveniente da piscicultura custa no máximo R$ 8.  O quilo de filé de pintado de rio custa R$ 25, 31,57% a mais que o mesmo produto obtido da piscicultura, que sai por R$ 19 para o consumidor final.

Gerente de uma peixaria e restaurante, Edézio Neves de Mello, relata que o aumento na cotação do pescado varia de acordo com a espécie, mas sustenta que está pagando entre 10% a 20% mais caro pela carne. “A maior alta foi para o pintado e os fornecedores já avisaram que vai subir mais nos próximos dias”. Mesmo assim, diz que o movimento no restaurante aumentou após o Carnaval. “A diferença é enorme”.

Piscicultora e integrante da Associação dos Piscicultores de Mato Grosso (Aquamat), Maria da Glória Bezerra Chaves, observa que a maior parte do peixe consumido em Mato Grosso provém da piscicultura e não da pesca. “Mas, durante a piracema, o consumo diminui porque muita gente acha que vai levar o peixe pescado ilegalmente”.

Depoimento do consumidor Valdomiro Garrido, 54, confirma a análise. “Eu evito comprar peixe de rio durante a Piracema, pode me oferecer ao preço que for que não compro, a lei tem que ser cumprida”. Além disso, admite que consome menos peixe fora da Quaresma. Nessa época, ele inclui até duas vezes na semana a carne do peixe no cardápio e gasta cerca de R$ 150. Nos outros meses, o consumo familiar da carne acontece a cada 15 dias e a família opta por espécies da região, como pintado, pacu e tambacu. “Como agora estou comprando com mais frequência, notei que teve um aumento”.

Comerciante na Feira do Porto, em Cuiabá, Sebastião Humberto da Silva diz que começou a receber peixes de rio agora e garante que desde o início da Quaresma as vendas melhoraram. Nega, porém, que os preços tenham se alterado com o crescimento do consumo. “Mas há uma tendência de aumento, só que por enquanto está igual”.





Fonte: A Gazeta

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