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Economia
Domingo - 03 de Março de 2013 às 12:32

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Aumento médio de 20% no consumo de ovos de galinha durante a Quaresma encareceu o produto em 10% no mês de fevereiro, quando comparado com os preços praticados antes do Carnaval. Atualmente a dúzia comercializada no varejo alcança R$ 2,90, ante os R$ 2,70 praticados em dezembro. No atacado, o produto custa 26% a menos e segue negociado ao preço médio de R$ 2,30. Até dezembro, o preço máximo de venda não ultrapassava R$ 2,15.

Oscilações no consumo do produto reflete diretamente na cotação por se tratar de um produto altamente perecível, que não pode ser estocado, explica o presidente da Associação Mato-grossense de Avicultores (Amav), Tarcísio Schroder. Outro elemento que contribui para a majoração dos preços dos ovos nesse momento é a diminuição na oferta, complementa o gerente da Cooperativa Agrícola Mista de Várzea Grande (Camva), Arnaldo Tarso. Ele afirma que em todo país a produção diminuiu. “Houve um descarte de aves muito grande no ano passado por causa do forte calor”.

Schroder diz que os produtores estão conseguindo neste 1º semestre do ano recuperar as perdas acumuladas durante os 6 últimos meses de 2012. Na época, os proprietários de granjas perdiam R$ 10 ou 16,66% para cada caixa de ovos comercializada. Embalagem contendo 30 dúzias era negociada com os revendedores a R$ 50, mas para produzir essa quantidade eram gastos R$ 60, por causa do custo elevado da soja e milho, componentes básicos da ração aviária.

Agora, pela caixa contendo 30 dúzias os produtores garantem R$ 70 e lucram R$ 20, considerando o custo de R$ 50 para produzir esse volume. Se o crescimento sazonal no consumo de ovos se reflete em melhores preços na venda, outro fator que favorece os produtores é o aumento na oferta de soja e milho, produtos que seguem em fase de colheita e plantio, respectivamente, no Estado. “Com a colheita, o preço da soja baixou e o do milho se mantém estável”.

Mas, o aumento dos custos e queda na demanda registrada entre junho e dezembro de 2012 retirou do mercado diversos produtores esporádicos, comenta Schroder. “Geralmente são os proprietários de granjas pequenas, que produzem até 15 caixas por dia e nem são registrados pelo Ministério da Agricultura (Mapa)”.

Em Mato Grosso, o abastecimento é garantido principalmente por 9 granjas de médio e grande portes, localizadas nos municípios de Primavera do Leste, Tangará da Serra, Campo Verde, Sorriso, Mirassol do Oeste e Poxoréo. De acordo com o último levantamento trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em dezembro do ano passado, a produção de ovos em Mato Grosso chega a 41,233 milhões de dúzias por ano e responde por 6,08% da produção nacional, estimada em 677,852 milhões de dúzias.

Gerente da Camva estima que em Cuiabá e Várzea Grande são consumidas semanalmente 1,6 mil caixas de 30 dúzias de ovos. “Em fevereiro chega a faltar o produto”.





Fonte: A Gazeta

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