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Internacional
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 08:24

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A utilização da cruz, símbolo cristão por excelência, como pingente gerou discussão no Reino Unido, e em mais um capítulo da polêmica uma televisão resolveu permitir que suas apresentadoras usassem esse tipo de adorno.

Depois que a companhia aérea British Airways obrigou uma funcionária a tirar, ou pelo esconder, a cruz que usava no pescoço porque violava suas regras de uniforme, a televisão BBC optou por deixar suas apresentadoras livres para exibir esse tipo de símbolo.

O jornal Daily Express informa hoje, acrescentando que a revelação de que os diretores da emissora pública tinham discutido a possibilidade de proibir uma apresentadora de ir ao ar com uma pequena cruz no pescoço gerou vários protestos.

No entanto, o diretor de jornalismo da emissora, Peter Horrocks, não proibirá a exibição desse tipo de símbolo "se forem discretos", segundo ele mesmo escreveu no site da "BBC".

Horrocks fez uma pesquisa sobre o assunto pela internet e a maioria dos espectadores se mostrou favorável a que os apresentadores possam exibir algum emblema religioso como parte de sua identidade cultural.

O diretor explica no site da emissora que esse tipo de símbolo religioso é admissível se não perturbar a comunicação com a audiência como ocorreria, por exemplo, com um grande crucifixo ou um véu islâmico que cobrisse todo o rosto.

No caso da apresentadora Fiona Bruce, de 42 anos, a cruz tem caráter mais decorativo do que religioso.

Embora a "BBC" não tenha proibido o uso da cruz, Bruce deixou de exibi-la por causa da polêmica gerada.

A "BBC" proíbe seus apresentadores de aparecerem com símbolos políticos, mas poderão exibir as papoulas vermelhas que em novembro lembram os mortos nas guerras mundiais.

A funcionária da British Airways proibida de trabalhar usando uma cruz, Nadia Eweida, de 55 anos, é cristã devota, segundo o "Daily Express".

Quando Eweida se negou a tirar ou esconder a cruz que usava no pescoço, a empresa a ordenou que deixasse seu posto de trabalho.

A British Airways se viu acusada de agir de forma diferente em cada situação, diz o jornal, já que permite que as muçulmanas cubram a cabeça e que os siques usem turbante.





Fonte: EFE

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