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Internacional
Quinta - 19 de Outubro de 2006 às 08:17

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O Supremo Tribunal Penal do Iraque, que julga Saddam Hussein e seis de seus antigos colaboradores pelo crime de "genocídio" contra os curdos do norte do país, decidiu hoje adiar o julgamento até 30 de outubro.

O presidente do tribunal, Mohammed Oreibi a-lKhalifa, disse que tomou a decisão para que os acusados entrem em contato com seus advogados e suspendam o boicote ao processo.

A equipe de defesa dos acusados tem boicotado o julgamento em protesto contra "a intromissão do Governo" no processo. Segundo os representantes dos réus, foi essa ingerência que causou a destituição, no mês passado, do antigo juiz do caso, Abdullah al-Amiri, depois que este afirmou que Saddam "não era um ditador".

Na audiência de hoje, a 18ª desde 21 de agosto, quando começo o julgamento, o tribunal ouviu os testemunhos de dois curdos sobre a campanha de Al-Anfal, lançada entre 1987 e 1988 pelo Exército iraquiano contra as regiões curdas do Iraque.

Segundo números apresentados pelo procurador-geral do tribunal, mais de 180.000 curdos foram assassinados ou desapareceram nessa ofensiva, que coincidiu com os últimos meses da guerra entre o Iraque e o Irã.





Fonte: EFE

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