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Economia
Domingo - 03 de Março de 2013 às 09:57

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O álcool deixou de ser vantajoso para os consumidores paulistanos. Após forte pressão dos preços nos postos de abastecimento, o combustível derivado de cana já é negociado a R$ 2,10.

Na média, o preço do etanol subiu para R$ 1,99 na cidade de São Paulo, custando, assim 71% do valor médio da gasolina, que é de R$ 2,81. Os dados são de pesquisa semanal da Folha.

A utilização do álcool deixa de ser vantajosa em boa parte dos veículos quando o preço do derivado de cana corresponde a mais de 70% do da gasolina, segundo algumas pesquisas.

Essa pressão de alta veio basicamente do comportamento das distribuidoras e não do consumidor. O pouco estoque na virada de ano e a previsão de alta nos preços da gasolina fizeram as distribuidoras irem às usinas e adquirirem 1,04 bilhão de litros, 13% mais do que em dezembro, mês tradicionalmente de maior demanda que janeiro.

A busca maior de etanol pelas distribuidoras fez as usinas aumentarem ainda mais os preços, principalmente porque o setor está em final de entressafra, quando não há colheita.

O resultado foi que o preço do álcool hidratado subiu 9% nos últimos 30 dias nas usinas e o do anidro ficou 1,3% mais caro.

Pagando mais, as distribuidoras repassaram os novos valores para os donos de postos. Estes reajustaram o álcool hidratado em 2,57% apenas nesta semana. O resultado é um total de 8% de alta nos últimos 30 dias. Já a gasolina manteve os 6% acumulados após o reajuste permitido pelo governo.

A partir de agora, o etanol terá mais flutuação que a gasolina. Esta tem praticamente 72% do valor definido por Petrobras e impostos, restando pouco espaço para variações de margens, percentual de mistura e valor do anidro.

Já o etanol, cuja soma de impostos é de 18%, tem um campo muito maior (82%) para variações no mercado. Passado o final de entressafra, a tendência será de queda.

A safra começa oficialmente em abril, mas já tem usina no Paraná com colhedoras no campo. São Paulo deverá elevar o número de máquinas colhendo na segunda quinzena deste mês.

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Crise do café faz produtor colombiano parar estradas

A crise do café vivida pelos produtores colombianos gerou uma paralisação geral em sete regiões produtoras. Baixo preço e empobrecimento no campo provocaram o fechamento de rodovias e o confronto com a polícia local.

Os produtores querem um suporte do governo, que descarta uma sustentação dos preços do café.

A Colômbia, que chegou a produzir 16 milhões de sacas de café, ficou nos 7,8 milhões em 2012. O valor da produção caiu 30% no período.

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Boi gordo A arroba teve pouca variação no mês passado, com o preço médio ficando em R$ 98,13. Já a carne vendida no mercado interno teve recuo de 3,25%, caindo para R$ 6,28 por quilo, o que compromete a margem das indústrias.

Equilíbrio A redução de margem faz a indústria pagar menos pelo boi. Mas o pecuarista tem bons pastos, o que dá equilíbrio de preço ao mercado.

Vendas A expectativa é que haja uma maior pressão vendedora ao longo deste mês, já que os animais retidos nas pastagens vêm ganhando peso e devem ser direcionados ao abate.

Análise Essa avaliação sobre o mercado de boi é de analistas do Espírito Santo Investment Bank, feitas no relatório AgroPack.

O perigo mora perto A influenza aviária voltou ao México e, além de exigir o abate de mais de 1 milhão de aves, fez o país suspender as exportações. O vírus que ataca as aves é o H7N3.






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