Repórter News - reporternews.com.br
Índios libertam reféns da Vale em Carajás
Índios libertaram os reféns que haviam capturado após invadirem instalações da Companhia Vale do Rio Doce em Carajás, no Pará, exigindo aumento na ajuda recebida da empresa, maior produtora de minério de ferro do mundo, informou comunicado da companhia nesta quarta-feira .
A Vale afirmou em um comunicado que 200 índios Xikrin, da Terra Indígena Catete, armados com arcos, flechas e paus invadiram "violentamente" as instalações produtivas de Carajás, na terça-feira. Mais cedo a empresa informou que eram 150 índios.
"Os índios danificaram equipamento, roubaram pertences dos trabalhadores, saquearam o restaurante...e tomaram controle das comunicações por rádio", informou a nota.
A Vale disse que 3.000 trabalhadores estavam em Carajás quando os índios atacaram. Segundo a companhia, os índios se apoderaram das chaves dos ônibus, impedindo que os trabalhadores retornassem para casa, e mantiveram 600 pessoas como reféns por cerca de duas horas.
"Esta manhã, mais de 5.000 trabalhadores foram impedidos de entrar na área industrial no começo do turno", disse a Vale, acrescentando que operações, incluindo o transporte ferroviário, estavam suspensas.
Entre 12 e 13 trens carregados com minério de ferro levam diariamente o produto ao porto de Ponta Madeira, em São Luís, no Maranhão. Cada trem carrega 21.000 toneladas de minério.
Não ficou claro quantos trens foram impedidos de sair, disse um assessor de imprensa.
O complexo de minas de Carajás produz 250.000 toneladas de minério de ferro diariamente. Em 2005, Carajás produziu um recorde de 72,5 milhões de toneladas, dentro da produção total da Vale de cerca de 234 milhões de toneladas. A produção em Carajás deve se expandir para 100 milhões de toneladas por ano.
A Vale disse que um juiz autorizou nesta quarta-feira que a empresa retomasse a posse das instalações.
A empresa disse que ainda não tem notícias imediatas sobre o possível impacto na produção de cobre, manganês e ferro em lingotes, que também são transportados pela ferrovia.
Segundo nota da companhia, a invasão pretenderia forçar a Vale a aumentar os 9 milhões de reais que dá aos Xikrin anualmente.
"A CVRD não compactua com tais métodos ilegais e não cederá a chantagens de qualquer espécie — reiteradamente usadas pela comunidade Xikrin", disse a empresa, acrescentando que utilizará todos os meios legais para defender seus direitos.
A empresa disse ainda que a invasão pode resultar no cancelamento de seu acordo com os Xikrin, acertado no último mês de junho.
Uma porta-voz da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, disse não ter comentários imediatos sobre a ação indígena.
Em fevereiro, índios da tribo Guajajara bloquearam a linha férrea da Vale que vai de Carajás a São Luís, e tomaram quatro funcionários da empresa como reféns para exigir melhor acesso público à saúde. Os reféns foram libertados após dois dias.
Índios também bloquearam temporariamente uma ferrovia de exportação de minério de ferro da Vale em Minas Gerais, em dezembro de 2005, depois que outro grupo indígena invadiu uma cidade perto de Carajás no mês anterior, ameaçando interromper a produção.
A Vale afirmou em um comunicado que 200 índios Xikrin, da Terra Indígena Catete, armados com arcos, flechas e paus invadiram "violentamente" as instalações produtivas de Carajás, na terça-feira. Mais cedo a empresa informou que eram 150 índios.
"Os índios danificaram equipamento, roubaram pertences dos trabalhadores, saquearam o restaurante...e tomaram controle das comunicações por rádio", informou a nota.
A Vale disse que 3.000 trabalhadores estavam em Carajás quando os índios atacaram. Segundo a companhia, os índios se apoderaram das chaves dos ônibus, impedindo que os trabalhadores retornassem para casa, e mantiveram 600 pessoas como reféns por cerca de duas horas.
"Esta manhã, mais de 5.000 trabalhadores foram impedidos de entrar na área industrial no começo do turno", disse a Vale, acrescentando que operações, incluindo o transporte ferroviário, estavam suspensas.
Entre 12 e 13 trens carregados com minério de ferro levam diariamente o produto ao porto de Ponta Madeira, em São Luís, no Maranhão. Cada trem carrega 21.000 toneladas de minério.
Não ficou claro quantos trens foram impedidos de sair, disse um assessor de imprensa.
O complexo de minas de Carajás produz 250.000 toneladas de minério de ferro diariamente. Em 2005, Carajás produziu um recorde de 72,5 milhões de toneladas, dentro da produção total da Vale de cerca de 234 milhões de toneladas. A produção em Carajás deve se expandir para 100 milhões de toneladas por ano.
A Vale disse que um juiz autorizou nesta quarta-feira que a empresa retomasse a posse das instalações.
A empresa disse que ainda não tem notícias imediatas sobre o possível impacto na produção de cobre, manganês e ferro em lingotes, que também são transportados pela ferrovia.
Segundo nota da companhia, a invasão pretenderia forçar a Vale a aumentar os 9 milhões de reais que dá aos Xikrin anualmente.
"A CVRD não compactua com tais métodos ilegais e não cederá a chantagens de qualquer espécie — reiteradamente usadas pela comunidade Xikrin", disse a empresa, acrescentando que utilizará todos os meios legais para defender seus direitos.
A empresa disse ainda que a invasão pode resultar no cancelamento de seu acordo com os Xikrin, acertado no último mês de junho.
Uma porta-voz da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, disse não ter comentários imediatos sobre a ação indígena.
Em fevereiro, índios da tribo Guajajara bloquearam a linha férrea da Vale que vai de Carajás a São Luís, e tomaram quatro funcionários da empresa como reféns para exigir melhor acesso público à saúde. Os reféns foram libertados após dois dias.
Índios também bloquearam temporariamente uma ferrovia de exportação de minério de ferro da Vale em Minas Gerais, em dezembro de 2005, depois que outro grupo indígena invadiu uma cidade perto de Carajás no mês anterior, ameaçando interromper a produção.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/267592/visualizar/
Comentários