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Economia
Quarta - 18 de Outubro de 2006 às 14:51
Por: Raquel Barroso

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Empresários e autoridades bolivianas estiveram em Cuiabá, com o objetivo de discutir com o governo de Mato Grosso a viabilidade da construção de uma usina termoelétrica no município de San Matias, localizado na província de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Para a construção da termoelétrica, as empresas bolivianas Guaracachi e Energais prevêem investimentos prospectando mercados na Bolívia e em Mato Grosso para que a usina gere pelo menos 40 MW.

O governo de Mato Grosso afirmou para a comitiva boliviana que o Estado só terá interesse caso seja feita uma parceria tripartite entre a MT Gás, as empresas Guaracachi e Energais e a estatal boliviana YPFB para a construção da termoelétrica. “Somente por meio dessa parceria teremos a garantia do fornecimento contínuo do gás natural vindo da Bolívia”, explica o secretário-adjunto da Casa Civil, Jefferson de Castro.

O secretário-adjunto da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), José Epaminondas Mattos Conceição, explica que as empresas bolivianas precisam vender parte da energia para que o investimento que realizarão em San Matias tenha retorno. “É por este motivo que temos o interesse em amarrar a compra da energia elétrica na garantia do fornecimento de gás natural pela Bolívia”, acrescenta Conceição.

O secretário-adjunto da Sicme afirma que o preço da energia produzida pela térmica de San Matias será fundamental para garantir a compra. “O importante para Mato Grosso é o preço. Se tiver preço competitivo qualquer quantidade de energia será interessante”, diz José Epaminondas.

Os empresários estimaram que o preço da energia deverá ficar em torno de US$ 40,00 já que em Santa Cruz de la Sierra o preço está em aproximadamente US$ 30,00. “No último leilão promovido no dia 10 de outubro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o mega watt/ hora gerado por usinas térmicas foi comercializado pelo preço médio de R$ 137,44. É por isso que o preço da Bolívia ficará bem competitivo”, ressalta o secretário-adjunto da Sicme.

Técnicos da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia terão 90 dias para fazer um levantamento que constatará a quantidade de energia que as empresas distribuidoras poderão comprar da Bolívia. Para isso a Sicme levará o assunto para discussão na Câmara Técnica de Energia Elétrica, composta por instituições governamentais, entidades representativas e empresas do setor.

A energia produzida pela termoelétrica de San Matias poderá ser entregue na subestação de Jauru (MT), integrante do Sistema Interligado Nacional (SIN). Para a transmissão da energia entre San Matias e Jauru a empresa que fará a construção da termoelétrica terá que construir cerca de 120 Km de linhas de transmissão.





Fonte: Da Assessoria

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