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Sábado - 02 de Março de 2013 às 21:54

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O policial militar Dennis Marcelo de Souza Filho, condenado a 16 anos de prisão pela morte do adolescente Nilson Preto da Silva, 14, foi expulso da corporação. A exclusão foi aplicada 12 anos após o crime ser registrado em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), durante a verificação de uma ocorrência de roubo.


O jovem faleceu após ser atingido com um tiro na nuca, situação que foi filmada pela TV Record que acompanhava a atuação militar. A perda do cargo foi publicada esta semana em Diário Oficial e referendou a decisão da Justiça já transitada em julgado.


Na data, além de Dennis Marcelo, que comandava a ação, o soldado Evandro César Rodrigues também integrava os trabalhos policiais. Ele foi condeado por ter atirado na nuca do jovem, que estava desarmado.


Consta nos autos relatados pelo Ministério Público Estadual na época do julgamento, que Dennis tinha intenção de matar ao atirar no adolescente e que a atitude dele havia motivado Evandro César a efetuar outros 2 disparos contra o jovem.


Nilson e Ronilson Oliveira Ferreira estavam na frente da casa da namorada quando foram abordados pela PM, que atendia uma solicitação de roubo. Nilson correu e foi perseguido por Dennis, que ao tentar abordá-lo disparou contra o braço da vítima. Mesmo atingido, Nilson tentou correr e foi alvejado na cabeça pelo soldado Evandro. Mesmo com a presença de jornalistas, os policiais tentaram acusar a adolescente.


O soldado foi condenado a 14 anos e 8 meses de prisão e expulso da PM em 2010.


Corregedoria


Um procedimento administrativo também foi aberto para apurar a real participação dos militares. Segundo o atual corregedor-adjunto da Polícia Militar de Mato Grosso, tenente-coronel Cidney Manoel de Arruda, o Conselho de Justificação, que é formado por oficiais, concluiu na época que não dispunha de elementos suficientes para punir administrativamente Dennis Marcelo e que por este motivo seria necessário aguardar a decisão da Justiça, que só foi dada em 25 de março de 2011, quando o militar sentou no banco dos réus, na cidade de Rondonópolis.


Na época o julgamento se estendeu até a madrugada e foi encerrado por volta das 2 horas. Julgamento - Até ocorrer a condenação de Dennis, o júri popular chegou a ser remarcado por quatro vezes. A primeira data para acontecer o julgamento era 11 de maio de 2010, passando posteriormente para o dia 5 de agosto do mesmo ano, e em seguida para o dia 19 do mesmo mês.


O fato é que antes de ser condenado em 2011, o policial já havia sido julgado uma primeira vez. Ele recebeu pena de 1 ano e 9 meses de prisão no ano de 2005. Devido a condenação, o Ministério Público Estadual (MPE) recorreu e conseguiu anular o primeiro júri. O tenente chegou a ficar 5 anos detido devido a ação do MPE.


Passados 6 anos, Dennis retornou ao banco dos réus, quando recebeu a pena de 16 anos de prisão. O fato é que devido ao cumprimento dos 5 anos de detenção, o policial não precisou permanecer em regime fechado, mesmo após a decisão do júri popular em março de 2011.


O advogado, Paulo Fabrinny, que defendeu Dennis Marcelo no caso, informou que mesmo após a condenação do militar chegou a ingressar com recursos que se estenderam até o Supremo Tribunal Federal (STF), porém sem sucesso.






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