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Delegada ouve parentes de garoto que matou família
A delegada Liliane Souza Santos, 33, da Delegacia do Adolescente de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), deve ouvir entre hoje e amanhã, parentes em primeiro grau do adolescentes de 16 anos que matou, a facadas, o pai, a mãe e o irmão na madrugada de sábado (14). Os depoimentos deverão oferecer mais informações sobre o comportamento do infrator.
O adolescente continua internado num centro provisório da cidade isolado de outros 15 internos, porque corre o risco de sofrer agressões dentro da unidade e também de populares que se revoltaram com a chacina. "Ele está separado dos demais pela gravidade da situação e pelo medo de represálias", comenta a delegada.
Por pelo menos 45 dias, o adolescente, que responde por ato infracional equiparado a homicídio, fica na unidade e, após esse prazo, poderá ser encaminhado para o Complexo Pomeri, em Cuiabá. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que o infrator permaneça naquele local por um período mínimo de 3 meses e máximo de três anos. Ao deixar a unidade, o triplo homicídio não vai aparecer nas certidões de antecedentes criminais. Ao ser ouvido pelo Ministério Público (MP), o adolescente disse que matou o pai, o comerciante Nivaldo Cruz Gonçalves, 43, e a mãe, a professora Júlia Messias Cruz, 33, para "se livrar do problema", ao se referir à pressão pelo baixo rendimento escolar.
Ambos morreram depois de mais de 10 golpes de faca. O irmão de 3 anos, que acordou no momento do crime, levou oito facadas. Antes de matar o garoto, o adolescente conta que ainda tentou acalmá-lo com um copo de água, mas diante do choro persistente resolveu matá-lo. "Não dá para entender. Fico chocada só de pensar e quem trabalha comigo também sente a mesma coisa", comenta a delegada, que não havia atuado em um crime tão bárbaro desde que assumiu a delegacia, em 2002.
Segundo a promotora da Infância e Juventude, Valnice Silva dos Santos, o caso "abalou a ordem pública porque foi dentro de uma família". "Infelizmente, Cáceres tem histórico de gangues, dependentes e tráfico", resume. A audiência com o juiz Luiz Otávio Sabóia, da 1ª Vara Cível de Cáceres, deve acontecer já na próxima semana.
O adolescente continua internado num centro provisório da cidade isolado de outros 15 internos, porque corre o risco de sofrer agressões dentro da unidade e também de populares que se revoltaram com a chacina. "Ele está separado dos demais pela gravidade da situação e pelo medo de represálias", comenta a delegada.
Por pelo menos 45 dias, o adolescente, que responde por ato infracional equiparado a homicídio, fica na unidade e, após esse prazo, poderá ser encaminhado para o Complexo Pomeri, em Cuiabá. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que o infrator permaneça naquele local por um período mínimo de 3 meses e máximo de três anos. Ao deixar a unidade, o triplo homicídio não vai aparecer nas certidões de antecedentes criminais. Ao ser ouvido pelo Ministério Público (MP), o adolescente disse que matou o pai, o comerciante Nivaldo Cruz Gonçalves, 43, e a mãe, a professora Júlia Messias Cruz, 33, para "se livrar do problema", ao se referir à pressão pelo baixo rendimento escolar.
Ambos morreram depois de mais de 10 golpes de faca. O irmão de 3 anos, que acordou no momento do crime, levou oito facadas. Antes de matar o garoto, o adolescente conta que ainda tentou acalmá-lo com um copo de água, mas diante do choro persistente resolveu matá-lo. "Não dá para entender. Fico chocada só de pensar e quem trabalha comigo também sente a mesma coisa", comenta a delegada, que não havia atuado em um crime tão bárbaro desde que assumiu a delegacia, em 2002.
Segundo a promotora da Infância e Juventude, Valnice Silva dos Santos, o caso "abalou a ordem pública porque foi dentro de uma família". "Infelizmente, Cáceres tem histórico de gangues, dependentes e tráfico", resume. A audiência com o juiz Luiz Otávio Sabóia, da 1ª Vara Cível de Cáceres, deve acontecer já na próxima semana.
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/267816/visualizar/
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