Fupis beneficia projeto para crianças carentes em Rondonópolis

Em Rondonópolis, recursos do Fundo Partilhado de Investimentos Sociais (Fupis) transformaram o Oratório Filhos de Dom Bosco em um lugar ainda mais aconchegante e repleto de atividades. Há 10 anos que o local atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, com ações nas áreas de saúde, educação, desporto, cultural, lazer e integração comunitária. Em junho de 2006, mais de R$ 162,1 mil foram repassados à entidade, que vem utilizando este dinheiro na compra de equipamentos, melhorando a infra-estrutura e incrementando às atividades já oferecidas.

Cerca de 600 pessoas passam diariamente pelo Oratório, composto por seis salas de multiuso, três salas de música, sala de reuniões, quiosque, refeitório, quatro quadras cobertas, teatro com capacidade para mais de mil pessoas, duas cozinhas, churrasqueira, salão de jogos e playgroud.

“As crianças freqüentam o Oratório no período em que não estão na escola. Aqui elas recebem todo apoio pedagógico necessário e desenvolvem diversas atividades como aulas de música, teatro, computação, entre outros. Temos mais de 25 profissionais envolvidos neste projeto”, explicou o instrutor, Gláucio Ferreira Passos.

De acordo com o diretor da entidade, Padre Danilo Rinaldi, os recursos do Fundo Estadual contribuíram significativamente na melhoria do local. “Investimos na alimentação, sistema de som, compramos mais 12 computadores, uma máquina de fazer picolé, camisetas, armários, bebedouros e carteiras. Hoje temos um local bem estruturado, que faz toda a diferença às crianças e famílias inteiras que freqüentam esta casa. Toda essa estrutura é apenas um meio para chegarmos a uma única finalidade: formar bons cristãos e honestos cidadãos”, destacou.

Marckson Oliveira da Silva é professor de informática no Oratório. Segundo ele, é gratificante acompanhar o desenvolvimento de alunos que têm agora o primeiro contador com o computador. “Muitos não sabiam sequer ligar os equipamentos. São crianças e adolescentes das comunidades vizinhas aqui do bairro, que não têm condições de pagar por um curso de informática ou acessar a internet. A maioria vem em busca de qualificação, querem se preparar para o mercado de trabalho. Outros utilizam os computadores para pesquisas escolares, o que não deixa de ser essencial”, comentou.

A estudante, Denise Gomes da Silva Souza, 18 anos, participa dos cursos de teclado e computação e agradece a oportunidade. “O projeto é maravilhoso, principalmente para quem não tem condições de pagar para fazer cursos fora daqui. Para as crianças, este é um lugar de lazer. Elas brincam no Oratório enquanto os pais trabalham”.

E não são somente as crianças e os adolescentes que agradecem pelo funcionamento da entidade. As mães também trabalham como voluntárias na casa porque acreditam no projeto. “Sou funcionária da fábrica de leite de soja e aos domingos e feriados ajudo na cozinha do Oratório. Minha filha freqüenta a entidade e acompanho de perto o trabalho desenvolvido com as crianças. Ajudo com amor e satisfação um lugar que acolhe nossa comunidade. Faço isso há mais de cinco anos”, disse Dinalva Santos da Silva, 45 anos.

Para a secretária de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi, é bom ver que o dinheiro está sendo bem aplicado e, principalmente, ajudando a tirar crianças das ruas. “Ficamos felizes em acompanhar o desenvolvimento de um projeto que está ajudando famílias inteiras. Pais e filhos têm acesso a um lugar de apoio ao lazer, recreação e a formação de toda comunidade. Nada mais justo, que o Estado ser um dos principais colaboradores deste exemplo de trabalho social”, frisou.

O Oratório Filhos de Dom Bosco funciona de segunda à sexta-feira, das 07h às 17h, com atividades de lazer e educação. Aos sábados às crianças freqüentam a catequese e aos domingos tem missa na parte da manhã e o restante do dia fica aberto a recreação.