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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Terça - 17 de Outubro de 2006 às 10:50
Por: Carolina Miranda

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) por meio do Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade (Cermac) presta um serviço de excelência no tratamento da obesidade. Atualmente, 1.200 pessoas estão cadastradas no serviço de referência em tratamento da obesidade, que atende pessoas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, uma padronização da Organização Mundial de Saúde (OMS) que identifica a pessoa com obesidade mórbida. (O IMC é obtido se elevando a altura do paciente ao quadrado e, então, dividindo o resultado da operação pelo peso dele.)

Para usufruir do serviço o paciente precisa passar pela rede básica de Saúde onde passa pelo exame de um clínico geral. Verificada a necessidade do tratamento (IMC acima de 30) a consulta é agendada pela Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde. “A filosofia empregada pelo ambulatório segue as orientações do Ministério da Saúde que é de evitar cirurgias bariátricas na redução de peso, exceto quando o paciente corre risco de vida” , disse a diretora geral do Cermac, Maria Conceição Villa.

A gerente do Programa de Endocrinologia e Cardiologia do Cermac, Eliane Jorge do Prado Stocco, explicou que, no ambulatório, o trabalho é realizado por uma equipe multi-profissional composta por endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos e psiquiatras, dentre outros.

“O ponto fundamental do programa é trabalhar a reeducação alimentar e conseqüentemente a mudança dos hábitos de vida”, explicou Eliane Jorge. “Antes de iniciar o tratamento, o paciente passa por triagem da equipe multidisciplinar do Cridac. Após o período de emagrecimento são oferecidas, ao paciente, cirurgias reparadoras para os casos mais complexos. Já fizemos várias cirurgias reparadoras. O paciente com obesidade mórbida fica com muito flacidez e a cirurgia plástica vem para eliminar esse problema”.

O tratamento da obesidade mórbida, realizado no ambulatório do Cermac, tem conseguido êxito dispensando a realização de cirurgias bariátricas, o que pode ser atestado por meio de experiências, que foram relatadas num encontro, realizado na semana que passou, na sede do Cridac, no qual pacientes que emagreceram receberam certificados. “Essa foi uma forma dos profissionais demonstrarem aos pacientes que cada um pode superar o problema da obesidade mórbida com qualidade de vida e entusiasmo”, disse Conceição Villa. “Para nós é fantástico ter um serviço como esse. É emocionante trabalhar e sentir os resultados”.

Experiências

Airson Rosa Fonseca, 40 anos, conseguiu, num tratamento que durou um ano e seis meses, eliminar 61 quilos. Ele disse que conseguiu reeducar sua alimentação e que tem mais ânimo para desempenhar suas obrigações. “Vou até me casar no final do ano. Me considero uma outra pessoa após perder todos esses quilos. E lembro sempre que não conseguiria esse resultado sem a indispensável ajuda dos psicólogos e de toda a equipe do Cridac”, ressaltou.

Keila de Lima, 22 anos, mora no município de Jangada. Com um ano e um mês de tratamento, já emagreceu 42 quilos. Ela disse que, antes de iniciar o tratamento, mal conseguia andar e vivia com problemas para dormir. “Com a perda de peso consigo dormir bem, freqüento a escola e já estou até fazendo caminhada para auxiliar no emagrecimento.Tenho certeza que conseguirei alcançar meu objetivo e alcançar o peso ideal. Com essa equipe profissional do Cermac, fica fácil encarar essa tarefa que não é nem um pouco fácil”, comentou Keila.

Regina Araújo, 46 anos, com nove meses de tratamento conseguiu eliminar 23 quilos. “Sempre fui uma pessoa obesa. Minha vida inteira foi buscar receitas milagrosas de emagrecimento. Só agora tenho a plena convicção que o difícil não é emagrecer, o difícil é manter o peso alcançado. Por isso que a chave fundamental para emagrecer é a reeducação alimentar, e aqui no Cridac eles ensinam como fazer isso de forma muito eficiente”, disse.

Além do atendimento especializado, também são oferecidos medicamentos de apoio relacionados ao tratamento da obesidade. Caso não se atinja o resultado esperado apenas com o tratamento clinico, o paciente com indicação médica é encaminhado para o procedimento cirúrgico.





Fonte: Da Assessoria

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