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Polícia Brasil
Terça - 17 de Outubro de 2006 às 01:34
Por: Edivaldo de Sá

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O pistoleiro, Joel Marçal de Jesus, 26, conhecido como Ratão e acusado de participar do assassinato do ex-prefeito de Lambari D’oeste (330 quilômetros de Cuiabá), Luiz Preto, que na época dos fatos, disputava a reeleição.

A Policia Militar e a Policia Civil de Arenápolis, teria recebido uma denúncia anônima de que o suposto assassinado estaria escondido na chácara de um advogado da cidade, de primeiro nome Alíder.

O denunciante informou a policia, que “Ratão” era foragido e estava sendo acusado de ter cometido o crime contra Luiz Preto em 2004. De posse da informação os policias passaram a traçar estratégias para prendê-lo, tendo optado por agir nesta terça-feira por volta das 06hs da manhã, cumprindo o mandado de prisão expedido pelo Juiz da Comarca de Rio Branco, Hugo José Freitas da Silva. Mesmo assim os policiais ficaram de plantão e prontos para agir. Foi quando por volta das 19hs, Joel Marçal, deixou a chácara, sendo levado por um motorista na caminhonete do advogado. Os Policias Militares, Flávio, Orivaldo, Leite, Lara e Edgar, dos municípios de Arenápolis e Nortelândia, comandados pelos Cabos PM Gilmar e Lopes, abordaram o veículo e efetuaram a prisão de “Ratão” . O criminoso está preso na Delegacia Municipal de Policia Civil de Arenápolis, e deve ser ouvido ainda nesta manhã.

O Delegado de Policia Civil, Sérgio Medeiros, informou por telefone, que o trabalho em conjunto com a PM, possibilitou o cumprimento da decisão judicial, e confirmou que vai ouvir o pistoleiro na manhã desta terça-feira. Ainda de acordo com ele, a caminhonete de propriedade do advogado está detida e que todos os fatos serão apurados. Medeiros adiantou que o suposto assassino, deverá depois de ouvido, ser recambiado para a comarca onde teria cometido o crime. Sérgio Medeiros aproveitou para enaltecer a coragem do denunciante e disse que com a colaboração da população muitos fatos podem ser esclarecidos e culpados que assim culpados possam pagar pelo crime que cometeu.

Joel Marçal de Jesus, é natural de Nova Olimpia e residia no municipio vizinho de Denise.

Entenda o caso: O ex-prefeito foi morto no dia 26 de setembro de 2004, quando saía de uma reunião política na comunidade rural de São José do Pingador. Ele era candidato à reeleição. O delegado que coordenou as investigações, Percival Eleutério de Paula, afirmou na época do crime, que não tinha dúvidas de que o crime teve motivações políticas. Conforme o delegado, o principal suspeito do assassinato, o pistoleiro Abdias Alves do Nascimento, mais conhecido como "Manezinho", é amigo de um dos cabos eleitorais de Salomão, Guilherme Moreira, que teria auxiliado na contratação.

O crime teria ocorrido porque Alves da Cruz não apoiou a candidatura do vereador, que foi reeleito. De acordo com o delegado, o crime teria custado R$ 40 mil ao vereador reeleito. Destes, R$ 34 mil teriam ficado com Guilherme Moreira e seis, com o executor.

Segundo informações do processo, Preto e Tom foram aliados políticos em anos anteriores. Salomão foi secretário de Finanças da gestão de Luiz Preto, porém teria cometido várias irregularidades durante a administração da secretaria. O vereador teria procurado o prefeito, posteriormente, pedindo ajuda para a campanha, mas o prefeito não quis porque ele estaria respondendo a muitos processos.

No dia 20 de Dezembro de 2004, Policias civis de Rio Branco prenderam um dos participantes do assassinato do prefeito e candidato à reeleição de Lambari D’Oeste, Luiz Carlos Alves da Cruz (49), conhecido por Luiz Preto.

Abdias Alves do Nascimento, o Manezinho, foi preso em Santa Helena, município próximo a Sinop. De acordo com o delegado municipal de Rio Branco responsável pelas investigações, Percival Euletério de Paula, o acusado disse em depoimento que ajudou na contratação do pistoleiro que matou Luiz Preto.

Na época, foram expedidos três mandados de prisão, porém, dois continuavam foragidos, o pistoleiro Joel Marçal (Ratão) que teria recebido R$ 6 mil pelo serviço, e o vereador Wenyton Salomão, apontado como um dos mandantes do crime.

Em Janeiro de 2005, o Superior Tribunal de Justiça negou pedido de reconsideração em habeas-corpus feito pela defesa e manteve o decreto de prisão preventiva contra Wenyton.

Após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) negar pedido de liminar, a defesa entrou com habeas-corpus no STJ. O presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, negou-o, mantendo a decisão do TJ-MT. Mas a defesa insistiu com um pedido de reconsideração, mas o ministro negou e a decisão anterior foi confirmada. Edson Vidgal afirmou ainda que não deve ser reconsiderada e é incabível o habeas-corpus.




Fonte: Repórter News

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