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Emergentes nunca investiram tanto no exterior, diz relatório
Os países em desenvolvimento nunca investiram tanto no exterior quanto em 2005, revelou o Relatório de Investimentos no Mundo, divulgado nesta segunda-feira pela Unctad (a agência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento).
No ano passado, um de cada US$ 6 investidos no estrangeiro – cerca de US$ 133 bilhões (quase R$ 300 bilhões) ou aproximadamente 17% do total de investimentos externos – saiu de um país em desenvolvimento, um nível "sem precedentes", destacou o estudo.
No total, os fluxos externos somaram US$ 779 bilhões (mais de R$ 1,7 trilhão).
Embora as empresas sediadas nos países ricos ainda movimentem a maior parte dos investimentos no mundo, os pesquisadores da Unctad chamaram a atenção para o protagonismo das companhias sediadas em países considerados "periféricos" até a década de 1980.
"Cada vez mais, elas se dão conta que estão operando em uma economia global e são forçadas a adotar uma visão internacional", eles concluíram.
"Esse processo pode experimentar interrupções extraordinárias (por exemplo, como a ocorrida durante a crise da Ásia em 1997), mas é virtualmente irreversível."
Visão internacional
Empresas brasileiras investiram dez vezes mais em 2005 que em 2003
Até os anos 80, o investimento proveniente de países emergentes era "insignificante ou pequeno", classificou o relatório.
Em 1990, apenas seis nações em desenvolvimento investiam mais de US$ 5 bilhões – cerca de R$ 11 bilhões – no exterior.
No ano passado, mais de 25 países superaram essa meta, afirmou a Unctad.
Grandes conglomerados de Hong Kong, Coréia do Sul, China e Malásia já fazem parte da lista das cem empresas não-financeiras com maiores ativos no exterior.
Sozinho, Hong Kong, hoje pertencente à China, respondeu por 25% dos investimentos de emergentes em 2005.
América Latina
Os investimentos que saem da América Latina tendem a se originar no Brasil e no México, os dois países que também são os preferidos pelas empresas estrangeiras que investem no subcontinente.
A petroleira Petrobras e as siderúrgicas Vale do Rio Doce e Gerdau se destacam entre as cem maiores companhias transnacionais emergentes.
Em 2005, o Brasil investiu US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 5,5 bilhões) no exterior, dez vezes mais que em 2003.
A visão empresarial das empresas de países emergentes se tornou muito mais internacional. Essa mudança sublinha a natureza do câmbio estrutural que está ocorrendo na economia global.
Relatório da Unctad
O volume foi menor que os quase US$ 10 bilhões registrados em 2004, mas os dados daquele ano foram "extraordinariamente altos" por conta da operação de trocas de ações no valor de US$ 4 bilhões (quase R$ 9 bilhões) resultante da venda da cervejaria Ambev para a belga Interbrew.
O estoque dos investimentos brasileiros no mundo é o equivalente a 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Os autores do relatório destacaram que o investimento de países emergentes é "duplamente positivo", porque é, comparativamente, maior em países menos desenvolvidos que em países ricos.
No ano passado, um de cada US$ 6 investidos no estrangeiro – cerca de US$ 133 bilhões (quase R$ 300 bilhões) ou aproximadamente 17% do total de investimentos externos – saiu de um país em desenvolvimento, um nível "sem precedentes", destacou o estudo.
No total, os fluxos externos somaram US$ 779 bilhões (mais de R$ 1,7 trilhão).
Embora as empresas sediadas nos países ricos ainda movimentem a maior parte dos investimentos no mundo, os pesquisadores da Unctad chamaram a atenção para o protagonismo das companhias sediadas em países considerados "periféricos" até a década de 1980.
"Cada vez mais, elas se dão conta que estão operando em uma economia global e são forçadas a adotar uma visão internacional", eles concluíram.
"Esse processo pode experimentar interrupções extraordinárias (por exemplo, como a ocorrida durante a crise da Ásia em 1997), mas é virtualmente irreversível."
Visão internacional
Empresas brasileiras investiram dez vezes mais em 2005 que em 2003
Até os anos 80, o investimento proveniente de países emergentes era "insignificante ou pequeno", classificou o relatório.
Em 1990, apenas seis nações em desenvolvimento investiam mais de US$ 5 bilhões – cerca de R$ 11 bilhões – no exterior.
No ano passado, mais de 25 países superaram essa meta, afirmou a Unctad.
Grandes conglomerados de Hong Kong, Coréia do Sul, China e Malásia já fazem parte da lista das cem empresas não-financeiras com maiores ativos no exterior.
Sozinho, Hong Kong, hoje pertencente à China, respondeu por 25% dos investimentos de emergentes em 2005.
América Latina
Os investimentos que saem da América Latina tendem a se originar no Brasil e no México, os dois países que também são os preferidos pelas empresas estrangeiras que investem no subcontinente.
A petroleira Petrobras e as siderúrgicas Vale do Rio Doce e Gerdau se destacam entre as cem maiores companhias transnacionais emergentes.
Em 2005, o Brasil investiu US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 5,5 bilhões) no exterior, dez vezes mais que em 2003.
A visão empresarial das empresas de países emergentes se tornou muito mais internacional. Essa mudança sublinha a natureza do câmbio estrutural que está ocorrendo na economia global.
Relatório da Unctad
O volume foi menor que os quase US$ 10 bilhões registrados em 2004, mas os dados daquele ano foram "extraordinariamente altos" por conta da operação de trocas de ações no valor de US$ 4 bilhões (quase R$ 9 bilhões) resultante da venda da cervejaria Ambev para a belga Interbrew.
O estoque dos investimentos brasileiros no mundo é o equivalente a 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Os autores do relatório destacaram que o investimento de países emergentes é "duplamente positivo", porque é, comparativamente, maior em países menos desenvolvidos que em países ricos.
Fonte:
BBC Brasil
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