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Internacional
Segunda - 16 de Outubro de 2006 às 21:50

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O Exército de Libertação Nacional (ELN) confia que rodada de contatos que será iniciada esta semana em Havana com o Governo da Colômbia permita avançar no diálogo sobre temas como a situação dos deslocados e a anistia para presos políticos.

O chefe militar da guerrilha, Erlington Chamorro, conhecido como "Antonio García"; Gerardo Bermúdez, conhecido como "Francisco Galán", e Juan Carlos Cuéllar iniciaram hoje em Havana as consultas à sociedade civil, prévias à quarta rodada de conversas com o Governo da Colômbia, entre os dias 20 e 30 de outubro.

"Abordar uma proposta de anistia geraria um bom ambiente para um possível processo de paz", disse García.

A agenda da quarta rodada inclui temas como a participação da sociedade no processo de paz, a ação política na atual conjuntura colombiana, a geração de um ambiente propício para a paz e a redefinição da participação da comunidade internacional no processo.

Além disso, o ELN deseja buscar uma solução para o problema dos mais de quatro milhões de deslocados pelos conflitos armados na Colômbia.

"Também desejamos discutir uma proposta de anistia geral para os presos políticos, o que propiciaria um clima de paz e abriria caminho para a democratização", afirmou.

Segundo García, é preciso entender que há presos políticos que só estão detidos pela falta de liberdade de organização da Colômbia.

O líder guerrilheiro colombiano se mostrou otimista sobre a possibilidade de avançar nos diálogos com o Governo, nesta nova fase de contatos.

"Todo conflito tem impedimentos, mas é preciso ser otimista e não se deixar dobrar pelo conflito nem pelos obstáculos", afirmou.

Mais de 60 delegados de grupos da sociedade civil participam das conversas com o ELN, que serão prolongadas até o próximo dia 19 de outubro, e permitirão à guerrilha estabelecer mecanismos para sua participação no processo de paz.

O ELN, fundado em 1964 e com cerca de 5 mil integrantes, é a segunda guerrilha de país em tamanho, após as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A nova rodada de conversas entre o Governo e o ELN foram abertas em dezembro do ano passado, e estavam em um recesso estipulado por ambas as partes.





Fonte: EFE

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