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Internacional
Segunda - 16 de Outubro de 2006 às 19:11

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Um dia depois das eleições, os equatorianos ainda desconhecem a composição do Congresso e o resultado definitivo das eleições presidenciais, devido ao colapso do sistema de contagem de votos de uma empresa brasileira, que teve o contrato cancelado pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).

O contrato com o consórcio brasileiro E-Vote foi encerrado por causa de falhas na contagem rápida das cédulas das eleições gerais de domingo, com os resultados definitivos ainda desconhecidos.

Segundo o presidente do TSE equatoriano, Xavier Cazar, a E-Vote já recebeu, no entanto, antecipadamente, 50% dos 5,2 milhões de dólares estipulados para a entrega dos resultados das eleições de domingo e da repescagem presidencial prevista para o dia 26 de novembro.

"E-Vote não cumpriu sua parte do contrato. Eles nos entregaram 70% dos dados da eleição presidencial, enquanto que já deveriam ter entregue todos os dados desta eleição e das legislativas", explicou à AFP Patricio Torres, porta-voz do TSE, organismo que contratou a empresa por 5,2 milhões de dólares (incluindo o segundo turno de 26 de novembro).

Acrescentou que esse consórcio brasileiro comprometeu-se com o TSE a divulgar o total do resultado da eleição presidencial às 20H00 locais de domingo (22H de domingo no horário de Brasília), três horas depois do fechamento das urnas.

"A de deputados devia ser entregue à meia-noite (02H00 no horário de Brasília) e nem sequer começou a contagem", denunciou Torres.

A E-Vote anunciou no início da madrugada a apuração de 70,6% das 36.613 urnas, dando 26,7% dos votos válidos para o magnata Alvaro Noboa e 22,5% para o economista de esquerda Rafael Correa, registrando um abstencionismo de 29,4%.

Desde então, a transmissão dos resultados permanece paralisada por causa de um colapso do sistema.

Segundo várias pesquisas de boca-de-urna, Noboa teve mais votos e passou para o segundo turno com Correa, que nesta segunda-feira insistiu em sua vitória no primeiro turno. Correa não hesitou em denunciar fraudes causadas por falhas no sistema de informática.

"Nós os advertimos, estamos nos baseando numa informação da empresa E-Vote, cujo sistema ninguém conhece", afirmou Correa, um amigo do presidente venezuelano Hugo Chávez.

Cerca de 9,2 milhões de equatorianos foram convocados pelo TSE para eleger presidente e vice-presidente (em binômio) para o período 2007-2011 (desde 15 de janeiro).

Os equatorianos também elegeram no domingo 100 deputados para o Congresso unicameral, 67 governadores e 674 vereadores.





Fonte: AFP

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