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Atraso do resultado das eleições causa incerteza no Equador
O atraso da empresa brasileira E-vote na entrega dos resultados das eleições de domingo causa inquietação no Equador que, em meio a denúncias de fraude, sabe apenas que os candidatos à presidência Álvaro Noboa e Rafael Correa disputarão o segundo turno.
Hoje cresceram as críticas em diferentes setores contra a E-vote, que não cumpriu o compromisso de entregar ontem à noite os resultados da apuração dos votos para presidente e para os legisladores.
O presidente da Federação Nacional de Profissionais da Politécnica, Enrique Mafla, disse hoje que o ocorrido com a empresa brasileira era um "fracasso anunciado" pois havia melhores opções para facilitar a apuração.
Um colapso no sistema de informática, aparentemente pela incapacidade do servidor principal para receber a informação das províncias, fez com que o domingo terminasse com apenas 70,59% do total de votos apurados. Até então, a vantagem de Noboa sobre Correa estava em 4,15 pontos percentuais.
Segundo dados preliminares não oficiais da apuração, fornecidos pela empresa E-vote, que trabalha para o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Noboa tem 26,66% dos votos, seguido por Correa, com 22,51%, de forma que os dois devem se enfrentar no segundo turno.
O presidente do TSE, Xavier Cazar, anunciou que o tribunal se reunirá hoje para estudar possíveis sanções contra a empresa brasileira.
Sem descartar a rescisão unilateral do contrato, assim como o pedido de indenização com base nas cláusulas do acordo, Cazar esclareceu que, seja qual for a decisão, o Equador não perderá dinheiro.
Políticos de diferentes tendências criticaram hoje a empresa brasileira enquanto Correa, do movimento Aliança País, afirma que há uma fraude contra sua candidatura.
Baseado em uma pesquisa própria de boca-de-urna, Correa assegura que passou do primeiro para o segundo turno com uma diferença mínima para seu rival: 24,8% contra 24,3%.
"A cidadania venceu: Rafael Correa e Lenín Moreno (candidato à Vice-Presidência) ganharam ontem, está acontecendo uma fraude", afirmou Correa ao dizer que "estamos diante da ditadura de máfias, da qual somos prisioneiros", embora não tenha identificado a quem se referia.
Enquanto Correa apareceu hoje nas principais cadeias de televisão denunciando a fraude, Noboa, do Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian), não fez nenhum comentário durante a manhã.
Esta é a terceira vez que Noboa, um empresário milionário, chega a um segundo turno eleitoral, depois do que disputou com Jamil Mahuad (1998), em que denunciou uma fraude contra sua candidatura (que não foi comprovada), e com Lucio Gutiérrez (2002).
Enquanto é esclarecido o assunto das porcentagens, os setores políticos começaram a especular sobre as alianças que deverão fazer tanto Noboa como Correa, especialmente quando a conformação de forças políticas no Parlamento é desconhecida.
A informação sobre as cadeiras parlamentares é outra das incertezas atribuídas à E-vote, que também devia divulgar os resultados na noite do domingo, mas que, até o momento, não forneceu os dados.
Visando o segundo turno, que será realizado em 26 de novembro, Correa não descarta alianças, mas garante que só fará acordos com grupos que aceitarem seus projetos de Governo ou que colaborem com sua melhoria: "Com propostas, são bem-vindos todos os que queiram resgatar a pátria", disse.
O ex-presidente Lucio Gutiérrez, chefe da campanha presidencial de seu irmão Gilmar Gutiérrez, que segundo a E-vote está em terceiro com 16,36%, afirmou hoje que só apoiará "um projeto programático".
"Não aceitaremos nem pediremos um só cargo público. O próximo presidente da República precisa governar em paz", acrescentou.
Hoje cresceram as críticas em diferentes setores contra a E-vote, que não cumpriu o compromisso de entregar ontem à noite os resultados da apuração dos votos para presidente e para os legisladores.
O presidente da Federação Nacional de Profissionais da Politécnica, Enrique Mafla, disse hoje que o ocorrido com a empresa brasileira era um "fracasso anunciado" pois havia melhores opções para facilitar a apuração.
Um colapso no sistema de informática, aparentemente pela incapacidade do servidor principal para receber a informação das províncias, fez com que o domingo terminasse com apenas 70,59% do total de votos apurados. Até então, a vantagem de Noboa sobre Correa estava em 4,15 pontos percentuais.
Segundo dados preliminares não oficiais da apuração, fornecidos pela empresa E-vote, que trabalha para o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Noboa tem 26,66% dos votos, seguido por Correa, com 22,51%, de forma que os dois devem se enfrentar no segundo turno.
O presidente do TSE, Xavier Cazar, anunciou que o tribunal se reunirá hoje para estudar possíveis sanções contra a empresa brasileira.
Sem descartar a rescisão unilateral do contrato, assim como o pedido de indenização com base nas cláusulas do acordo, Cazar esclareceu que, seja qual for a decisão, o Equador não perderá dinheiro.
Políticos de diferentes tendências criticaram hoje a empresa brasileira enquanto Correa, do movimento Aliança País, afirma que há uma fraude contra sua candidatura.
Baseado em uma pesquisa própria de boca-de-urna, Correa assegura que passou do primeiro para o segundo turno com uma diferença mínima para seu rival: 24,8% contra 24,3%.
"A cidadania venceu: Rafael Correa e Lenín Moreno (candidato à Vice-Presidência) ganharam ontem, está acontecendo uma fraude", afirmou Correa ao dizer que "estamos diante da ditadura de máfias, da qual somos prisioneiros", embora não tenha identificado a quem se referia.
Enquanto Correa apareceu hoje nas principais cadeias de televisão denunciando a fraude, Noboa, do Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian), não fez nenhum comentário durante a manhã.
Esta é a terceira vez que Noboa, um empresário milionário, chega a um segundo turno eleitoral, depois do que disputou com Jamil Mahuad (1998), em que denunciou uma fraude contra sua candidatura (que não foi comprovada), e com Lucio Gutiérrez (2002).
Enquanto é esclarecido o assunto das porcentagens, os setores políticos começaram a especular sobre as alianças que deverão fazer tanto Noboa como Correa, especialmente quando a conformação de forças políticas no Parlamento é desconhecida.
A informação sobre as cadeiras parlamentares é outra das incertezas atribuídas à E-vote, que também devia divulgar os resultados na noite do domingo, mas que, até o momento, não forneceu os dados.
Visando o segundo turno, que será realizado em 26 de novembro, Correa não descarta alianças, mas garante que só fará acordos com grupos que aceitarem seus projetos de Governo ou que colaborem com sua melhoria: "Com propostas, são bem-vindos todos os que queiram resgatar a pátria", disse.
O ex-presidente Lucio Gutiérrez, chefe da campanha presidencial de seu irmão Gilmar Gutiérrez, que segundo a E-vote está em terceiro com 16,36%, afirmou hoje que só apoiará "um projeto programático".
"Não aceitaremos nem pediremos um só cargo público. O próximo presidente da República precisa governar em paz", acrescentou.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268124/visualizar/
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