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Pelo menos 50 mortos em novo dia sangrento no Iraque
Pelo menos 50 pessoas morreram num novo dia violento no Iraque, estando entre as vítimas o irmão do promotor do caso do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, assassinado nesta segunda-feira perto de Bagdá, anunciou um funcionário do governo.
Imad Al Farun, irmão de Munqith Al Farun, promotor-geral encarregado do caso de genocídio de Anfal, foi morto por homens armados quando voltava para casa em Jamaa, a oeste da capital.
Nesta noite de segunda-feira, depois da interrupção do jejum do mês de Ramadã, dois carro-bomba explodiram no bairro de maioria xiita Ur, em Bagdá, deixando 20 mortos.
Horas antes, em Sauira, a 60 km a sudeste da capital, um carro-bomba estacionado em frente a um estabelecimento bancário matou 15 pessoas e feriu 35.
Sauira é uma região agrícola habitada por sunitas e xiitas, cenário de confrontos freqüentes.
Outras 15 pessoas perderam a vida em vários ataques ao norte de Bagdá.
Por sua vez, o exército americano informou hoje sobre a morte, na véspera, de sete de seus soldados em combate, o que eleva a 57 o número de vítimas em suas fileiras desde o começo de outubro.
Enquanto isto, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki afirmou que o desarmamento das milícias consideradas responsáveis pela violência no Iraque só terá início dentro de vários meses, apesar da impaciência dos Estados Unidos a respeito.
Nesse contexto, o Exército Islâmico do Iraque, um dos principais grupos da guerrilha sunita, anunciou estar disposto a negociar com os americanos, excluindo as autoridades iraquianas.
Já o Alto Tribunal Penal iraquiano anunciou que o veredicto do julgamento de Saddam Hussein pela morte de 148 xiitas nos anos 80 só será conhecido depois de 5 de novembro. O ex-chefe de Estado pode ser condenado à morte.
Nesta segunda-feira 28 pessoas foram mortas, 15 delas na explosão de um carro-bomba diante de um banco de Sauira, sudeste de Bagdá, depois de um fim de semana violento em que seqüestros de xiitas e represálias contra sunitas deixaram 80 mortos e desaparecidos.
Há várias semanas o chefe do governo iraquiano está sob pressão de militares e políticos americanos para empreender o desarmamento das milícias. Na entrevista publicada nesta segunda pelo jornal USA Today, Maliki anunciou que o desmantelamento começará no final do ano ou no começo de 2007, pois é algo que "leva tempo".
A posição do chefe de Estado é incômoda porque os funcionários americanos suspeitam de que certas milícias xiitas têm laços com alguns líderes governamentais.
Frente a esta situação, um dos principais grupos da rebelião sunita disse estar disposto a negociar apenas com os americanos, segundo palavras de um iraquiano que se apresentou à imprensa, em Kirkuk (norte), como Abdel Rahaman Abu Jula, o dirigente desse grupo armado.
Uma semana depois da adoção de uma lei no parlamento convertendo o Iraque num Estado federal, tribos sunitas do norte expressaram sua oposição à decisão, reafirmando sua fidelidade a Saddam Hussein e também pedindo à rebelião antiamericana que una suas forças.
Já o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein pediu nesta segunda-feira a continuação da "resistência iraquiana" e justiça "na Jihad" (guerra santa) contra o ocupante", numa carta aberta aos iraquianos escrita na prisão e que teve uma cópia entregue à AFP.
Nesta carta escrita por ocasião do Ramadã, transmitida por seu advogado Jalil Dulaimi, Saddam diz que "a vitória contra o ocupante é segura" e que o Iraque "voltará a ser unido e indivisível".
"Nosso povo passa por momentos difíceis com a ocupação, as matanças, as destruições e o saque de tudo o que tem valor, com exceção no que diz respeito à fé (dos iraquianos), suas convicções, sua moral e seu orgulho", diz Saddam.
"A resistência contra o ocupante é um direito e um dever", acrescenta Saddam, que pede à resistência "ser justa e eqüitativa em sua Jihad".
"Peço que sejam magnânimos", diz.
Também pede ao povo iraquiano "que perdoem os responsáveis da morte de seus filhos e irmãos", referindo-se a Uday e Qusay, mortos em Mossul em 2003 pelo exército americano ajudado por informantes.
Para Saddam, a "vitória contra o ocupante maléfico e seus lacaios" não está em dúvida.
Imad Al Farun, irmão de Munqith Al Farun, promotor-geral encarregado do caso de genocídio de Anfal, foi morto por homens armados quando voltava para casa em Jamaa, a oeste da capital.
Nesta noite de segunda-feira, depois da interrupção do jejum do mês de Ramadã, dois carro-bomba explodiram no bairro de maioria xiita Ur, em Bagdá, deixando 20 mortos.
Horas antes, em Sauira, a 60 km a sudeste da capital, um carro-bomba estacionado em frente a um estabelecimento bancário matou 15 pessoas e feriu 35.
Sauira é uma região agrícola habitada por sunitas e xiitas, cenário de confrontos freqüentes.
Outras 15 pessoas perderam a vida em vários ataques ao norte de Bagdá.
Por sua vez, o exército americano informou hoje sobre a morte, na véspera, de sete de seus soldados em combate, o que eleva a 57 o número de vítimas em suas fileiras desde o começo de outubro.
Enquanto isto, o primeiro-ministro Nuri al-Maliki afirmou que o desarmamento das milícias consideradas responsáveis pela violência no Iraque só terá início dentro de vários meses, apesar da impaciência dos Estados Unidos a respeito.
Nesse contexto, o Exército Islâmico do Iraque, um dos principais grupos da guerrilha sunita, anunciou estar disposto a negociar com os americanos, excluindo as autoridades iraquianas.
Já o Alto Tribunal Penal iraquiano anunciou que o veredicto do julgamento de Saddam Hussein pela morte de 148 xiitas nos anos 80 só será conhecido depois de 5 de novembro. O ex-chefe de Estado pode ser condenado à morte.
Nesta segunda-feira 28 pessoas foram mortas, 15 delas na explosão de um carro-bomba diante de um banco de Sauira, sudeste de Bagdá, depois de um fim de semana violento em que seqüestros de xiitas e represálias contra sunitas deixaram 80 mortos e desaparecidos.
Há várias semanas o chefe do governo iraquiano está sob pressão de militares e políticos americanos para empreender o desarmamento das milícias. Na entrevista publicada nesta segunda pelo jornal USA Today, Maliki anunciou que o desmantelamento começará no final do ano ou no começo de 2007, pois é algo que "leva tempo".
A posição do chefe de Estado é incômoda porque os funcionários americanos suspeitam de que certas milícias xiitas têm laços com alguns líderes governamentais.
Frente a esta situação, um dos principais grupos da rebelião sunita disse estar disposto a negociar apenas com os americanos, segundo palavras de um iraquiano que se apresentou à imprensa, em Kirkuk (norte), como Abdel Rahaman Abu Jula, o dirigente desse grupo armado.
Uma semana depois da adoção de uma lei no parlamento convertendo o Iraque num Estado federal, tribos sunitas do norte expressaram sua oposição à decisão, reafirmando sua fidelidade a Saddam Hussein e também pedindo à rebelião antiamericana que una suas forças.
Já o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein pediu nesta segunda-feira a continuação da "resistência iraquiana" e justiça "na Jihad" (guerra santa) contra o ocupante", numa carta aberta aos iraquianos escrita na prisão e que teve uma cópia entregue à AFP.
Nesta carta escrita por ocasião do Ramadã, transmitida por seu advogado Jalil Dulaimi, Saddam diz que "a vitória contra o ocupante é segura" e que o Iraque "voltará a ser unido e indivisível".
"Nosso povo passa por momentos difíceis com a ocupação, as matanças, as destruições e o saque de tudo o que tem valor, com exceção no que diz respeito à fé (dos iraquianos), suas convicções, sua moral e seu orgulho", diz Saddam.
"A resistência contra o ocupante é um direito e um dever", acrescenta Saddam, que pede à resistência "ser justa e eqüitativa em sua Jihad".
"Peço que sejam magnânimos", diz.
Também pede ao povo iraquiano "que perdoem os responsáveis da morte de seus filhos e irmãos", referindo-se a Uday e Qusay, mortos em Mossul em 2003 pelo exército americano ajudado por informantes.
Para Saddam, a "vitória contra o ocupante maléfico e seus lacaios" não está em dúvida.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268173/visualizar/
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