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Internacional
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 21:02

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O Governo de Israel ameaçou neste domingo reforçar ainda mais suas operações militares na Faixa de Gaza, onde 22 palestinos, pelo menos a metade deles militantes, foram mortos desde quinta-feira.

O objetivo declarado desta política é tentar pôr fim aos disparos de foguetes palestinos em direção ao sul de Israel assim como o contrabando de armas vindas do Egito.

"Queremos empregar todos os esforços para impedir estes disparos e o contrabando, o que inclui ataques terrestres e aéreos contra a infra-estrutura e os terroristas", afirmou à rádio militar Amos Gilad, um alto responsável do Ministério da Defesa.

"O Hamas está se reforçando e isto constitui uma ameaça para a segurança de Israel", acrescentou esta autoridade, referindo-se ao maior movimento islâmico palestino, no comando do governo.

Amos Gilad não forneceu maiores detalhes sobre uma vasta operação militar que Israel pretende lançar no sul da Faixa de Gaza.

"A sabedoria e a experiência nos ensinou que não podemos tratar este tipo de questão em público com o objetivo de preservar o efeito surpresa", afirmou. Ele também frisou que os "resultados obtidos pelos egípcios para impedir o tráfico de armas poderiam ser muito melhorados".

De acordo com a rádio, dezenas de lança-foguetes de fabricação russa do mesmo tipo que os utilizados pela milícia xiita do Hezbollah durante a guerra no Líbano, entraram recentemente na Faixa de Gaza.

O ministro da Defesa, Amir Peretz, citado pela imprensa, afirmou que Israel "tirou lições da guerra no Líbano. Vamos agir imediatamente para impedir as organizações terroristas de se armarem e se reforçarem".

O Yédiot Aharonot, jornal de maior tiragem no país, considera por sua vez que "a guerra está muito próxima".

"Os incidentes destes últimos dias na Faixa de Gaza representam apenas um tira-gosto de um big bang. Israel se encaminha para um confronto direto com a Autoridade Palestina controlada pelo Hamas na Faixa de Gaza. As duas partes se preparam cuidadosamente para este enfrentamento com a sensação de que ele é inevitável", acrescentou o jornal.

Desde 28 de junho, ou seja, três dias após a captura de um de seus soldados por ativistas palestinos, o Exército israelense vem aumentando suas operações na Faixa de Gaza para obter a libertação do militar e pôr fim aos disparos de foguetes contra Israel. Mais de 240 palestinos foram mortos depois do início dessas operações.

No entanto, esta ofensiva não interrompeu os temidos disparos, principalmente contra a cidade israelense de Sderot, perto da Faixa de Gaza.





Fonte: AFP

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