Polícia acusa presidente de Israel de crimes sexuais

Em comunicado conjunto, o ministério israelense da Justiça e a polícia nacional disseram que "há evidências de uma série de incidentes nos quais muitas mulheres que trabalharam sob sua autoridade estão envolvidas, de que o presidente cometeu crimes sexuais à força e sem consentimento".

Katsav também é suspeito de "violar a lei de sigilo telefônico", acrescentaram as autoridades, em um resumo das descobertas apresentadas pelo time de investigadores.

O procurador-geral de Israel Menachem Mazuz vai decidir se acusa Katsav, após os procuradores revisarem as evidências, de acordo com a nota. Katsav está imune de um julgamento a menos que ele seja alvo de impeachment pelo parlamento, caso os legisladores decidam que ele agiu de forma inapropriada. Ele está na presidência de Israel desde 2000.

Não se espera que uma acusação formal tenha repercussões políticas significativas. Mas o escândalo é mais um na lista de eventos que têm obscurecido a imagem de Israel, cujo governo está sob fogo cruzado por sua maneira de lidar contra as guerrilhas do Hezbolá no Líbano.

O presidente israelense, que está sob pressão há semanas para renunciar do cargo devido à investigação sobre abusos sexuais que começou em agosto, deve enfrentar agora mais pedidos por sua saída.