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Polícia Brasil
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 14:19

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O delegado Joacir Batista das Neves voltou a conversar hoje com o adolescente que matou os pais e o irmão de apenas 3 anos, em Cáceres. O crime aconteceu por volta de 1h da madrugada de sábado (14).

O delegado também conversou com familiares da vítima. Tios, tias, avós, e todos os parentes estão chocados com o que aconteceu. Eles não acreditam que o adolescente tenha cometido o crime sozinho. Mas segundo o delegado, até o momento o menor continua assumindo a culpa sozinho, e para a polícia não há indícios que leve a participação de um segunda pessoa envolvido com o crime.

"Analisando como se deram os fatos, tecnicamente está comprovada a presença dele no local do crime. Nós não encontramos digitais de outra pessoa no local que não seja do menor. E pelo jeito como ele contou, é possível que ele tenha cometido o triplo assassinato sozinho mesmo, Estes são os subsídios que eu tenho até o momento, a não ser que surjam novas digitais em outros exames datilocópicos que estão em andamento", explicou o delegado.

O menor continua sob proteção em local não identificado. De acordo com o delegado, apesar da tragédia, a cidade está calma, mas por medida de cautela o adolescente está sob proteção. Nesta segunda-feira ele será apresentado ao Ministério Público, quando ficará à disposição do Juizado da Infância e da Juventude.

"Em tese ele ficará internado até completar a maioridade, mas isso dependerá de exames psiquiátricos pelos quais ele deve passar e da decisão do juiz", explicou hoje ao RMT Online o delegado Joacir.

Informações prestadas hoje plos familiares dão conta de que o adolescente não era um jovem violento. Ele tinha problemas comportamentais em casa, era um pouco agitado como vários jovens nessa faixa etária de idade, porém, não era um jovem infrator e nunca teve problemas com a polícia. O delegado disse também que não há indícios de envolvimento com drogas.

O doutor Joacir Batista das Neves afirmou que o crime teve requintes de crueldade chocantes. Policiais, investigadores e até mesmo os peritos que fizeram a necrópsia nos corpos, profissionais que já se depararam com outras cenas como esta, em situações que envolveram outros criminosos, se supreenderam com a frieza e a crueldade do adolescente.

A mãe biológica do adolescente morreu quando ele ainda era criança. A professora Júlia Messias da Cruz Gonçalves (43), assassinada no sábado, era tia do menor, e à ópoca passou a cuidar dele. Ao se casar com o açougueiro Nivaldo Cruz Gonçalves (33), Júia resolveu adotar o sobrinho como filho legítimo. Na madrugada de sábado, Júlia, o marido Nivaldo e o filho do casal de apenas 3 anos, foram assassinados a facadas pelo sobrinho e filho que júlia cuidou desde a infância.





Fonte: Da Redação

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