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Internacional
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 13:51

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O Governo chinês espera que a resolução da ONU imposta à Coréia do Norte por seu teste nuclear ajude a achar uma solução pacífica para a crise, segundo um comunicado publicado hoje pelo Ministério de Exteriores chinês.

"Ao mesmo tempo em que se demonstra uma posição firme da comunidade internacional, a resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU deveria criar também condições favoráveis para se resolver a crise pacificamente por meio do diálogo e de negociações", disse o porta-voz de Exteriores Liu Jianchao.

O Conselho de Segurança aprovou ontem por unanimidade a resolução 1718 sobre o teste nuclear realizado por Pyongyang na segunda-feira passada.

"Pedimos às partes que mantenham a calma e se contenham, que adotem uma atitude cautelosa e responsável para prevenir que a situação piore e que se rompa a estagnação o mais rápido possível para retomar as conversas a seis (entre as duas Coréias, Estados Unidos, China, Japão e Rússia)", acrescentou Liu.

O diálogo a seis está paralisado há um ano pelo boicote de Pyongyang, que esta semana anunciou que as sanções seriam entendidas como uma declaração de guerra e ameaçou realizar um segundo teste nuclear.

A resolução do Conselho descarta a ação militar, à qual China e Rússia se opunham desde o princípio, mas pede a todos os países que inspecionem as cargas que entram e saem da Coréia para prevenir qualquer tráfico ilegal de armas de destruição em massa ou mísseis balísticos.

A China, principal aliado e fornecedor do regime norte-coreano, bloqueou junto com a Rússia a aplicação de sanções mais duras, defendidas pelos outros três membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: EUA, Reino Unido e França.

Os últimos dias de negociações diplomáticas, nos quais emissários russos e chineses viajaram a EUA, Rússia e Coréia do Norte, serviram para se chegar a um consenso.

Segundo Moscou, Pyongyang estaria de acordo com o retorno à mesa de diálogo, embora o Governo norte-coreano não tenha emitido nenhum comunicado a respeito.

Washington decidiu renunciar à proibição completa de venda de armas convencionais a Pyongyang, como exigia nas negociações, por isso a resolução final só infringe um embargo à venda de tanques, navios de guerra, aviões de combate e mísseis.

Tanto a Coréia do Sul como o Japão e os EUA aplaudiram a resolução adotada pelo Conselho de Segurança ontem.





Fonte: EFE

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