Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 01:56

    Imprimir


SÃO PAULO, 13 de outubro de 2006 - Sondagem realizada pela InvestNews com 24 instituições financeiras mostra que os analistas de mercado foram unânimes ao prever uma nova queda de 0,50 ponto percentual no juro básico na economia brasileira, a ser definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nos próximos dias 17 e 18.

Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano.A economista do Banco Real, Zeina Latif, espera que o colegiado do Banco Central reduza a taxa Selic em 0,50 ponto em função da melhora do balanço de risco de inflação desde a última reunião do Copom, em 30 de agosto. A produção industrial recuperou-se, mas em ritmo moderado.

As vendas do varejo mostraram estabilidade, a inflação do terceiro trimestre ficou abaixo do esperado e houve importante queda das expectativas inflacionárias. "Além disso, o cenário externo manteve-se favorável e, principalmente, as preocupações com um possível ajuste dos preços de gasolina foram dissipadas com a recente queda dos preços do petróleo", ressalta Zeina.O gerente de política monetária do Itaú, Joel Bogdanski, também estima corte de 0,50 ponto na taxa básica de juro da economia.

O cenário para a inflação permanece extremamente favorável a médio prazo, sem fontes de pressão detectáveis. A economia continua em ritmo vagaroso, sem sinais de aceleração. Somando a isso a estabilidade da taxa de câmbio e a queda continuada das expectativas de inflação, forma-se um quadro propício para que prossiga a flexibilização da política monetária.O presidente do Sindicato das Financeiras do estado do Rio de Janeiro (Secif-RJ), José Arthur Assunção, explica que como a expectativa de inflação vem decrescendo a cada semana, o Copom vai optar novamente pelo corte de 0,5 ponto: "Já tem gente levantando a hipótese de o custo de vida ficar abaixo do piso da meta para esse ano, que é de 2,5%. Isso elevaria ainda mais os juros reais, que são compostos pela taxa nominal, que hoje ainda está em 14,25% descontando-se a inflação".

Para a última reunião do Copom deste ano, que será realizada no final de novembro, Assunção acredita que poderá haver outro corte de 0,5 ponto, apesar de o mercado ainda prever 0,25 ponto. Tudo vai depender, segundo o executivo, das projeções de inflação daqui até lá. "Se a inflação continuar em queda, a Selic vai cair mais fortemente como conseqüência", assegura.




Fonte: Investnews

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268508/visualizar/