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Internacional
Domingo - 15 de Outubro de 2006 às 00:27

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O Governo japonês mostrou hoje sua satisfação pela resolução aprovada neste sábado pelo Conselho de Segurança da ONU que condena o teste nuclear da Coréia do Norte, e indicou que prepara mais sanções contra Pyongyang. "Já as consideramos e agora queremos tomar uma decisão final", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, sobre uma possível extensão das sanções, em sua maior parte econômicas, que Tóquio impôs esta semana a Pyongyang pelo teste nuclear realizado na segunda-feira passada. » Conheça as sanções impostas à Coréia do Norte

Neste sábado entrou em vigor um embargo total às importações procedentes do Estado comunista, além da proibição de seus navios de atracarem em portos japoneses. Estas medidas, junto com a proibição a cidadãos norte-coreanos de entrarem no Japão válida desde a quarta-feira, são unilaterais e precederam a aprovação ontem pelo Conselho de Segurança da ONU de uma resolução na qual o organismo pede a seus Estados-membros que imponham uma ampla sanção à Coréia do Norte que exclua qualquer opção militar.

Em comunicado à parte, o ministro de Assuntos Exteriores japonês, Taro Aso, manifestou o apoio japonês a essa decisão. "A adoção pelo Conselho de Segurança da ONU dessa resolução aprovada por unanimidade e que inclui o Capítulo 7 (da Carta da ONU, que aponta imposição da ONU) é um grande passo adiante", disse Aso. O Japão solicita "com firmeza à Coréia do Norte que cumpra esta resolução de boa fé e faça todos os esforços possíveis", acrescentou o chefe da diplomacia japonesa.

Segundo Aso, o teste nuclear subterrâneo efetuado pela Coréia do Norte, "que indica uma grave ameaça para a paz e a segurança, não só do Japão, mas do Leste da Ásia e da comunidade internacional, é inaceitável". Aso afirmou também que o Japão cooperará com as inspeções de navios que tenham zarpado da Coréia do Norte ou que se dirijam a este país para evitar o contrabando de armas, uma das medidas contempladas pela resolução da ONU.

A resolução exige que o regime de Pyongyang suspenda de maneira imediata suas atividades nucleares, e proíbe a venda ou transferência à Coréia do Norte de qualquer tipo de material relacionado com armas "não convencionais". Além disso, o texto contempla o bloqueio aéreo a esse país e impede a exportação de artigos de luxo ao regime de Pyongyang, além de incluir o bloqueio das contas no exterior de altos funcionários da Coréia do Norte.

O Conselho de Segurança exige na resolução que a Coréia do Norte retome sem reservas ou condições prévias as conversas de seis lados - com Coréia do Sul, China, Rússia, Estados Unidos e Japão - sobre seu programa atômico, suspensas desde novembro de 2005 pelo boicote de Pyongyang.

Além disso, a resolução pede que Pyongyang acate imediatamente o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que abandonou no começo de 2003, poucos meses após reconhecer que estava tentando fabricar armas atômicas.

Em 5 de fevereiro de 2005, a Coréia do Norte reconheceu que possuía armas nucleares e em 3 de outubro disse que estava disposta a realizar um teste atômico, promessa que cumpriu na última segunda-feira.




Fonte: Agência EFE

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