Aeronáutica diz que causas do acidente da Gol estão sendo investigadas dentro das normas internacionais

O Comando da Aeronáutica divulgou nota neste sábado (14) em que afirma que o processo de apuração sobre as causas do acidente envolvendo o avião da empresa aérea Gol e o jato Legacy estão sob a condução de especialistas e seguem as orientações e recomendações previstas pela Organização Civil Internacional, em concordância com as normas brasileiras de investigação de acidentes aeronáuticos.

"Trata-se de um processo técnico, realizado há anos no Brasil pela Aeronáutica, e que reúne os maiores especialistas nessa área no país, conduzido segundo legislação específica e dentro de critérios de confiabilidade e isenção, a exemplo do que acontece em outros países", afirma a nota.

Esclarece ainda que o ministro da Defesa, Waldir Pires, determinou que, logo que existam elementos concretos, as informações da investigação sejam levadas ao conhecimento dos familiares e da sociedade, respeitadas as etapas da apuração e os prazos necessários para a conclusão dos trabalhos.

O Comando da Aeronáutica informa que o presidente da Comissão de Investigação está no Canadá acompanhando as leituras dos registradores de vôo das aeronaves e que, na próxima fase, os registros serão decodificados e analisados pela comissão.

A nota explica ainda que foram notificados os países com direito a enviar representantes legais para participar e auxiliar nas investigações conduzidas e coordenadas pelo Brasil. Dentre eles, estão os Estados Unidos, operador do Legacy e fabricante da aeronave Boeing, que enviou membros do National Transportation Safety Board (NTSB) e da Federal Aviation Administration (FAA).

O Boeing da Gol caiu no dia 29 de setembro em uma área de floresta, no norte de Mato Grosso. Morreram todas as 154 pessoas que estavam a bordo. A queda foi ocasionada por uma colisão, em pleno vôo, com um jato Legacy, fabricado pela Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica). Os ocupantes do jato não se feriram.