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Internacional
Sábado - 14 de Outubro de 2006 às 16:01

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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou de forma unânime neste sábado para impor sanções financeiras e de armas à Coréia do Norte, a fim de punir o recluso país comunista por testar uma arma nuclear na segunda-feira.

A resolução redigida pelos Estados Unidos permite que os países vistoriem cargas que entrem e saiam da Coréia do Norte em busca de armas de destruição em massa ou material relacionado.

Também exige que todos os países impeçam a venda ou a transferência de materiais relacionados aos programas não convencionais de armas de Pyongyang.

A resolução pede ainda que as nações congelem os fundos no exterior de pessoas e negócios ligados aos programas de mísseis balísticos e nuclear da Coréia do Norte.

"Hoje estamos enviando uma mensagem forte e clara à Coréia do Norte e a outros (países) candidatos a proliferar (armas nucleares) de que haverá sérias repercussões na continuação da busca por armas de destruição em massa", disse o embaixador dos EUA John Bolton ao conselho.

O embaixador da Coréia do Norte na ONU, Pak Gil Yon, disse que seu país rejeitava "totalmente" a resolução do conselho. Segundo ele, Pyongyang conduziu o teste nuclear por causa de "políticas hostis" dos EUA.

"Se os EUA aumentarem a pressão (...), a Coréia do Norte irá continuar a tomar medidas defensivas considerando isso uma declaração de guerra", disse.

Numa concessão à China, a resolução exclui especificamente o uso da força, mas permite sanções econômicas e uma restrição do transporte aéreo e naval.

Mas o documento ainda põe uma aprovação internacional à Iniciativa de Segurança à Proliferação, liderada pelos EUA e lançada em maio de 2003, para encorajar os países a interditarem armas da Coréia do Norte, do Irã e de outros Estados que suscitam preocupação.

Wang Guangya, o embaixador da China na ONU, disse ao conselho que Pequim ainda se opunha à interdição e pediu aos países que não tomassem "medidas provocadoras".

Em 2002, os EUA e a Marinha espanhola tiveram que liberar uma embarcação apreendida que carregava 15 mísseis Scud da Coréia do Norte para o Iêmen, porque não havia cláusula sob a lei internacional proibindo esse transporte.

A resolução também põe um embargo a todas as armas convencionais de grande porte que vão para a Coréia do Norte.





Fonte: EFE

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