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Novas medidas devem limitar ferrugem da soja no Brasil
A proibição do plantio de soja irrigada de inverno no Brasil, a remoção de plantas voluntárias e a semeadura precoce da principal safra devem reduzir a presença de ferrugem de soja na principal região produtora no Centro-Oeste brasileiro, disseram especialistas.
A proibição foi introduzida no período de entressafra entre 15 de junho e 15 de setembro para tentar interromper o ciclo da doença provocada por fungos, que se aproveita do tempo ameno e úmido.
"Deve haver menos risco de surtos precoces de ferrugem de soja em Primavera do Leste e outras áreas de soja no Mato Grosso", disse José Tadashi Yorinori, patologista chefe na Embrapa Soja, em Londrina.
Primavera do Leste, uma importante área de soja no sudeste do Mato Grosso, principal Estado produtor de soja no Brasil, proibiu inclusive o cultivo de soja de inverno em pequenas porções de terra para pesquisa.
Tadashi estimou que a ferrugem de soja reduziu a produção de soja em mais de 2 milhões de toneladas em 2005/06 (out/set) e provocou perdas de 1,7 bilhão de dólares em vendas. O Brasil, segundo maior produtor mundial da oleaginosa, colheu 53,4 milhões de toneladas no ano passado.
O governo espera que o Brasil colha outra safra recorde entre 53,5 milhões e 55 milhões de toneladas em 2006/07, apesar de uma redução no plantio devido a problemas financeiros causados pela menor rentabilidade da atividade, afetada pela queda do dólar e aumento dos custos de produção.
Tadashi, que visitou vastas áreas de soja no Mato Grosso em setembro, disse que veranicos e a seca durante o inverno também colaboraram para reduzir a ferrugem.
O governo pediu aos produtores que destruíssem plantas voluntárias de soja (que brotam a partir de grãos que caem ao solo no momento da colheita), em outra medida para interromper a difusão do fungo.
FERRUGEM DEPENDE DE CHUVAS
Chuvas favoráveis este ano na principal região brasileira de soja são outro fator favorável, à medida que permitem aos produtores plantarem a soja mais cedo e reduzirem o risco de ferrugem.
Em Lucas do Rio Verde, centro-norte do Mato Grosso, o plantio foi iniciado no dia 21 de setembro. Quarenta por cento da área planejada já foi plantada, disse Luciane Copetti, secretária de Agricultura em Lucas.
"Lucas é a primeira região a plantar e costuma ter pouca ferrugem", disse Copetti, acrescentando que a proibição do plantio na entressafra iria manter a ferrugem sob controle.
Menos soja foi plantada este ano e a secretária diz que devido à crise financeira, produtores não dispõem de muito dinheiro para fungicidas.
Na Fundação MT, o pesquisador de soja Fabiano Siqueri disse que o prejuízo com a ferrugem dependerá das chuvas.
"Como estamos em ano de El Nino, devemos ter chuvas normais, ao contrário do ano passado, quando tivemos demais", disse Siqueri, acrescentando que produtores estavam plantando mais variedades de soja precocemente para escapar da ferrugem, que tem seu pico mais tarde.
Ele observou que os produtores em Rondonópolis, sudeste de Mato Grosso, iniciaram a plantação de soja no dia 2 de outubro, duas semanas mais cedo ante o ano passado. Ele estima que entre 15 e 25 por cento das lavouras do Mato Grosso havia sido plantadas.
Yorinori, da Embrapa Soja, alertou que a soja irrigada plantada no sudoeste de Tocantins seria um foco potencial para ferrugem neste ano safra.
A safra de soja boliviana de inverno, que deve ser colhida ainda este mês, e a soja voluntária no Paraguai, Argentina e sul do Brasil eram outras fontes potenciais de risco.
A proibição foi introduzida no período de entressafra entre 15 de junho e 15 de setembro para tentar interromper o ciclo da doença provocada por fungos, que se aproveita do tempo ameno e úmido.
"Deve haver menos risco de surtos precoces de ferrugem de soja em Primavera do Leste e outras áreas de soja no Mato Grosso", disse José Tadashi Yorinori, patologista chefe na Embrapa Soja, em Londrina.
Primavera do Leste, uma importante área de soja no sudeste do Mato Grosso, principal Estado produtor de soja no Brasil, proibiu inclusive o cultivo de soja de inverno em pequenas porções de terra para pesquisa.
Tadashi estimou que a ferrugem de soja reduziu a produção de soja em mais de 2 milhões de toneladas em 2005/06 (out/set) e provocou perdas de 1,7 bilhão de dólares em vendas. O Brasil, segundo maior produtor mundial da oleaginosa, colheu 53,4 milhões de toneladas no ano passado.
O governo espera que o Brasil colha outra safra recorde entre 53,5 milhões e 55 milhões de toneladas em 2006/07, apesar de uma redução no plantio devido a problemas financeiros causados pela menor rentabilidade da atividade, afetada pela queda do dólar e aumento dos custos de produção.
Tadashi, que visitou vastas áreas de soja no Mato Grosso em setembro, disse que veranicos e a seca durante o inverno também colaboraram para reduzir a ferrugem.
O governo pediu aos produtores que destruíssem plantas voluntárias de soja (que brotam a partir de grãos que caem ao solo no momento da colheita), em outra medida para interromper a difusão do fungo.
FERRUGEM DEPENDE DE CHUVAS
Chuvas favoráveis este ano na principal região brasileira de soja são outro fator favorável, à medida que permitem aos produtores plantarem a soja mais cedo e reduzirem o risco de ferrugem.
Em Lucas do Rio Verde, centro-norte do Mato Grosso, o plantio foi iniciado no dia 21 de setembro. Quarenta por cento da área planejada já foi plantada, disse Luciane Copetti, secretária de Agricultura em Lucas.
"Lucas é a primeira região a plantar e costuma ter pouca ferrugem", disse Copetti, acrescentando que a proibição do plantio na entressafra iria manter a ferrugem sob controle.
Menos soja foi plantada este ano e a secretária diz que devido à crise financeira, produtores não dispõem de muito dinheiro para fungicidas.
Na Fundação MT, o pesquisador de soja Fabiano Siqueri disse que o prejuízo com a ferrugem dependerá das chuvas.
"Como estamos em ano de El Nino, devemos ter chuvas normais, ao contrário do ano passado, quando tivemos demais", disse Siqueri, acrescentando que produtores estavam plantando mais variedades de soja precocemente para escapar da ferrugem, que tem seu pico mais tarde.
Ele observou que os produtores em Rondonópolis, sudeste de Mato Grosso, iniciaram a plantação de soja no dia 2 de outubro, duas semanas mais cedo ante o ano passado. Ele estima que entre 15 e 25 por cento das lavouras do Mato Grosso havia sido plantadas.
Yorinori, da Embrapa Soja, alertou que a soja irrigada plantada no sudoeste de Tocantins seria um foco potencial para ferrugem neste ano safra.
A safra de soja boliviana de inverno, que deve ser colhida ainda este mês, e a soja voluntária no Paraguai, Argentina e sul do Brasil eram outras fontes potenciais de risco.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268708/visualizar/
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