Colombianos poderão viajar ao Brasil em breve sem passaporte

Os colombianos poderão viajar ao Brasil somente com o documento nacional de identidade dentro de seis meses, revelou hoje a ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Consuelo Araújo.

"Nos próximos seis meses não vai ser preciso sequer passaporte para entrar no Brasil. Só a carteira de identidade colombiana", destacou Araújo a jornalistas.

Araújo acrescentou que isto será possível na medida em que se conte com ferramentas e mecanismos tecnológicos que garantam que a minoria de pessoas que atuam "de maneira incorreta e ilegal" não seja obstáculo à maioria, fator sobre o qual trabalha seu Ministério.

"Os número de colombianos de bem é maior", ressaltou.

"Quando vamos ao Panamá investir no setor imobiliário, quando vamos à América Central criar empresas, ao Equador para gerar emprego através da indústria floricultora, há uma grande maioria de colombianos que quer estabelecer uma relação positiva com os outros países", indicou.

Insistiu que o que se pretende com esse "mecanismo de controle para pessoas que têm antecedentes judiciais ou disciplinares é que não se interrompa a possibilidade de existir estes fluxos" e, portanto, se outorguem vistos.

"Com o Panamá criamos um mecanismo através da impressão digital, para que os colombianos entrem no país e o Governo panamenho possa conhecer os antecedentes e garantir que graças à cooperação em matéria de segurança e de informação, as portas, para a grande maioria, não se fechem", indicou.

Nesse mesmo sentido, já há uma conversa com os Estados Unidos, "entre os assuntos consulares e a embaixada, para facilitar estes procedimentos", e revelou também que nesse ponto vai "se trabalhar" com o Canadá e com o Equador, entre outros países.

A ministra colombiana também disse que, segundo números oficiais, "8% do total da população" do país vive no exterior, ou seja, uns 3,5 milhões de pessoas.

Acrescentou que o Governo precisa de "um conhecimento mais qualitativo" de seus emigrantes, e em países como a Espanha e Estados Unidos, revelou, se realizam já há algum tempo estudos "para saber o perfil" dos colombianos que vivem lá.