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Internacional
Sexta - 13 de Outubro de 2006 às 10:00

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Cantores de rap, grafiteiros, patinadores e Djs mostram a partir de hoje suas habilidades nas galerias do emblemático Grand Palais de Paris, dedicado este fim de semana ao hip-hop e às culturas urbanas.

Esta rara manifestação gratuita representa a entrada do universo do hip-hop, nascido no bairro nova-iorquino do Bronx no início dos anos 70, em um espaço tradicionalmente aberto aos mais prestigiosos salões, desfiles e exposições artísticas.

"As culturas urbanas têm pleno direito cidadão e encarnam uma verdadeira renovação da criação, ainda insuficientemente reconhecida", afirmou o ministro da Cultura francês, Renaud Donnedieu de Vabres, promotor da iniciativa "Rue au Grand Palais" (A Rua no Grand Palais).

Competições de dança, demonstrações de manejo do skate e de futebol de rua, sessões de discotecagem, recitais de versos do rap e mostras do "beatbox" (simulação dos sons com o corpo) acontecerão sob a famosa cúpula de vidro do Grand Palais.

Seis muros de 20 metros de altura com grafites foram instalados na entrada no complexo instalado para o evento, no qual também há uma rampa para as competições de skate, patins e BMX - imitação do motocross com bicicletas.

Os organizadores prevêem estabelecer um rodízio para que não haja mais que 5 mil pessoas dentro do Grand Palais por vez.

Inspirando-se em iniciativas similares realizadas nos Estados Unidos, a manifestação parisiense tem um orçamento de 800 mil euros, segundo o jornal "Libération".

Além das atividades previstas, o Grand Palais se transformará também em um espaço de shows improvisados.

No sábado, o popular cantor de hip-hop Diam''s atuará junto a outros conhecidos declamadores da cena musical francesa, como 113, Oxmo Puccino, Le Remède, Hocus Pocus e Krys.

Um dia depois será a vez do argelino Rachid Taha, que dividirá o palco com Ayo, Buncello, Amadou e Mariam, Zong, Saian Supa Crew, Dee Nasty e Dj Mehdi.

O hip-hop, que chegou à França em 1982, foi tema de uma grande exposição em 2000 no Museu de Arte do Brooklyn chamada de "Hip Hop Nation: Roots, Rhymes & Rage" (Nação Hip-Hop: Raízes, Rimas e Raiva).

Em junho deste ano, o mesmo centro apresentou uma mostra dedicada ao grafite e o Instituto Smithsonian, o maior complexo de museus do mundo, prepara uma exposição sobre o hip-hop para 2008.





Fonte: EFE

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