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Internacional
Sexta - 13 de Outubro de 2006 às 06:28

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A Procuradoria-Geral britânica rejeitou um pedido da Polícia de Londres que tentava evitar um processo pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes.

Em julho, a Promotoria Pública britânica havia decidido que nenhum policial envolvido na morte de Jean Charles poderia ser indiciado individualmente, mas a Polícia deveria ser processada por violar leis sanitárias e de segurança no episódio.

No mês seguinte, a Polícia enviou uma carta ao procurador-geral, Peter Goldsmith, em que pedia que a decisão fosse reconsiderada e que uma "alternativa melhor, menos antagônica" fosse encontrada.

Nesta quinta-feira, a Procuradoria-Geral informou que, em resposta à carta da Polícia de Londres, o assunto foi revisto, mas a decisão permaneceu a mesma: o processo deve seguir adiante.

Método justo

De acordo com o gabinete do procurador-geral, "há provas suficientes" para a abertura do processo, que é "necessário pelo interesse geral" e constitui "um método justo e adequado de estabelecer a culpabilidade no caso".

"A seriedade das acusações e a perda da uma vida humana neste caso superam qualquer fator de interesse público que possa ir contra o processo", afirma o comunicado.

Jean Charles de Menezes foi morto a tiros por policiais um dia depois de uma tentativa fracassada de atentado ao transporte público de Londres, em julho de 2005.

No dia 22 daquele mês, o brasileiro foi seguido por policiais à paisana que o confundiram com um terrorista e balearam Jean Charles dentro da estação de metrô Stockwell, no sul da capital britânica.





Fonte: BBC Brasil

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