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Advogados suspeitam de manobra política em processo por traição nos EUA
O processo por traição de um norte-americano vinculado à Al-Qaeda, fato inédito desde a Segunda Guerra Mundial, suscitou suspeitas entre os juristas de que se trata de uma manobra do Partido Republicano de George W. Bush para as eleições legislativas.
Adam Gadahn, de 28 anos, residente no Paquistão, foi indiciado na quarta-feira por "traição" depois de aparecer em cinco fitas de vídeo da rede terrorista Al-Qaeda, nas quais proferia ameaças contra os Estados Unidos e seus aliados.
Este indiciamento o inclui num círculo muito reduzido, já que menos de quarenta pessoas foram processadas por traição nos Estados Unidos, entre elas Tokyo Rose (falecida no mês passado), condenada em 1949 por suas propagandas em inglês na Rádio Tóquio.
Nenhum dos outros dois americanos processados no marco da "guerra contra o terrorismo", lançada depois do 11 de setembro de 2001, John Walker Lindh -- detido numa fortaleza talibã no Afeganistão -- e José Padilla --suspeito de ter tentado organizar atentados --, foi processado por traição.
Segundo Jonathan Turley, professor de direito em Washington, "a acusação de traição (contra Gadahn) foi acrescentada para impressionar a opinião pública". Teria bastado uma simples acusação por "apoio material a uma iniciativa terrorista" para justificar um processo e eventualmente uma condenação à morte, precisou.
Os responsáveis pela administração "tratam este caso como uma traição porque estamos nos aproximando das (eleições de) novembro e eles querem poder dizer ''vejam, é realmente terrível''" o que acontece com a Al-Qaeda, estima Bruce Fein, um especialista em direito constitucional que trabalhou para a administração de Ronald Reagan.
Adam Gadahn, de 28 anos, residente no Paquistão, foi indiciado na quarta-feira por "traição" depois de aparecer em cinco fitas de vídeo da rede terrorista Al-Qaeda, nas quais proferia ameaças contra os Estados Unidos e seus aliados.
Este indiciamento o inclui num círculo muito reduzido, já que menos de quarenta pessoas foram processadas por traição nos Estados Unidos, entre elas Tokyo Rose (falecida no mês passado), condenada em 1949 por suas propagandas em inglês na Rádio Tóquio.
Nenhum dos outros dois americanos processados no marco da "guerra contra o terrorismo", lançada depois do 11 de setembro de 2001, John Walker Lindh -- detido numa fortaleza talibã no Afeganistão -- e José Padilla --suspeito de ter tentado organizar atentados --, foi processado por traição.
Segundo Jonathan Turley, professor de direito em Washington, "a acusação de traição (contra Gadahn) foi acrescentada para impressionar a opinião pública". Teria bastado uma simples acusação por "apoio material a uma iniciativa terrorista" para justificar um processo e eventualmente uma condenação à morte, precisou.
Os responsáveis pela administração "tratam este caso como uma traição porque estamos nos aproximando das (eleições de) novembro e eles querem poder dizer ''vejam, é realmente terrível''" o que acontece com a Al-Qaeda, estima Bruce Fein, um especialista em direito constitucional que trabalhou para a administração de Ronald Reagan.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/268917/visualizar/
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