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Nacional
Quinta - 12 de Outubro de 2006 às 21:29

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Os 600 pescadores cadastrados que moram na região do Rio dos Sinos (RS), onde um desastre ambiental matou mais de um milhão de peixes no último sábado (7), vão receber um salário mínimo por mês e cestas básicas pelos próximos quatro meses. O salário-defeso aos pescadores será pago porque parte do rio foi contaminada com resíduos químicos pelas indústrias da região e a pesca está proibida nos 20 quilômetros que foram contaminados.

A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) ainda estuda a possibilidade de fazer o repovoamento dos peixes na região. “Essa medida deve ser avaliada, depende da evolução do problema de contaminação”, disse o ministro Altemir Gregolin. Ele acrescentou que outra medida tomada será a de promover a alfabetização desses pescadores “para, inclusive, servir como outra alternativa de renda” durante o período em que a pesca estará proibida.

O desastre ambiental foi percebido no sábado (7) por um barco de uma Organização Não-Governamental (ONG) que fazia um passeio pelo Rio dos Sinos, na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o ministro, os resíduos químicos foram jogados por algumas indústrias de alimentos e curtumes da região, porque durante o final de semana a fiscalização é menor. “Até ontem (11), 50 empresas haviam sido fiscalizadas e a Fundação de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) notificou e multou três empresas, mas o trabalho de investigação continua”, afirmou.

O ministro explicou que já foram retiradas do rio 70 toneladas de peixes mortos e que mais 30 ainda devem ser retiradas nos próximos dias. “A situação é muito grave e é demonstrada pela quantidade de peixes mortos. Até ontem ainda continuava morrendo peixe”, disse.





Fonte: Agência Brasil

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