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Internacional
Quinta - 12 de Outubro de 2006 às 17:18

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Os indígenas do Equador manterão a luta para consolidar-se como força política e pressionar a instalação de uma Assembléia Constituinte mesmo com a derrota nas eleições deste domingo, como prevêem as pesquisas, anunciou nesta quinta-feira o candidato Luis Macas.

"Acompanharemos a decisão do povo equatoriano, não vamos a renunciar ao que quer que seja. Ainda desta vez não queremos ser partícipes da burocracia de nenhum governo", declarou Macas, que se situa nas pesquisas com 1% das preferências.

O líder indígena não descartou, no entanto, o diálogo "com os que estiverem na mesma linha de tratamento dos assuntos que vimos propondo ao país". O favorito Rafael Correa anunciou a convocação de uma Constituinte com plenos poderes.

Aproveitou para denunciar possíveis fraudes no processo eleitoral. No entanto, autoridades governamentais e a missão da Organização de Estados Americanos (OEA) no Equador, presidida pelo ex-chanceler argentino Rafael Bielsa, asseguram não ter encontrado até agora indícios de fraude eleitoral apesar das insistentes denúncias de alguns candidatos.

Macas descartou a aproximação com algum partido evocando a decepção sofrida pelo movimento indígena ao se aliar com o ex-presidente Lucio Gutiérrez, derrotado em abril de 2003 e que adotou um modelo econômico neoliberal.

Segundo o instituto Market, a três dias das eleições gerais, o esquerdista Correa, com 26,2%, lidera a intenção de voto, seguido do magnata Alvaro Noboa (19,8%) e do socialista moderado León Roldós (16,8%), enquanto Cynthia Viteri aparece em quarto lugar (11,1%).

A pesquisa foi realizada entre 1.280 pessoas de quatro províncias (as de maior eleitorado) nos dias 7 e 8 de outubro, com margem de erro de +/- 3%.





Fonte: AFP

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