Seis mortos em Gaza e um estudante americano libertado na Cisjordânia

Seis palestinos, incluindo um jovem de 13 anos e três ativistas do Hamas, morreram nesta quinta-feira em um ataque aéreo do Exército israelense no sul da Faixa de Gaza, enquanto um estudante americano seqüestrado na Cisjordânia foi libertado.

Durante os confrontos gerados por uma incursão no leste de Khan Yunes (sul da Faixa de Gaza), o Exército israelense atacou um grupo de palestinos armados, matando três deles.

Dois civis que estavam próximos do grupo, incluindo um menor de 13 anos, Suheib Iqdah, e seu pai Adel Iqdqh, de 40 anos, morreram durante o ataque, de acordo com uma fonte médica.

Oito pessoas ficaram feridas, e uma delas faleceu mais tarde no hospital.

O braço armado do movimento islâmico Hamas, as Brigadas Ezzedin al-Qassam, informou em um comunicado que três de seus membros, todos da família Iqdah, haviam morrido.

O Exército israelense confirmou ter efetuado um ataque aéreo. "Foi efetuado um ataque aéreo contra homens armados que se aproximavam de nossas forças e os atingimos", informou um porta-voz.

"Em várias ocasiões, durante a noite, homens armados abriram fogo contra as forças. Estas responderam e atingiram um total de seis homens armados", acrescentou.

O Exército "entrou à noite na Faixa de Gaza. Encontra-se próximo da fronteira, a leste de Khan Yunes, e opera contra túneis e infra-estruturas terroristas", acrescentou o porta-voz.

O Exército israelense realiza desde 28 de junho operações militares na Faixa de Gaza, após o seqüestro de um de seus soldados por três grupos palestinos, entre eles as Brigadas al-Qassam.

Por outro lado, o Exército anunciou ter destruído durante a noite uma casa que era utilizada como "depósito de armas", sem deixar vítimas. Segundo uma fonte da segurança palestina, a casa pertencia a um membro do Hamas.

Na Cisjordânia, as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa, grupo armado ligado ao partido do presidente Mahmud Abbas, Fatah, libertaram na quarta-feira à noite das mãos de um grupo até agora desconhecido, Ansar al-Sunna, um estudante americano seqüestrado no mesmo dia.

"O estudante está agora são e salvo em um lugar seguro", afirmou Jamal Tirawi, um membro do Fatah.

"Houve uma troca de tiros com os seqüestradores, mas o estudante foi libertado e levado até Ghassan al-Shaka, um membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)", acrescentou.

O estudante em questão, Michael Phillips, havia sido seqüestrado durante o dia em Nablus.

Pouco antes de sua libertação, um homem mascarado que se apresentou como membro do grupo seqüestrador, declarou a jornalistas em Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, que o seqüestro era uma resposta "à guerra contra o Islã e os muçulmanos".

O homem exigiu também a libertação de "todas as mulheres e prisioneiros de menos de 18 anos detidos em Israel".