Rede de TV é atacada e novos atentados acontecem em Bagdá

Nove pessoas morreram nesta quinta-feira num ataque contra a sede de uma rede de TV iraquiana em Bagdá, enquanto que uma dupla explosão devastou uma praça no centro da capital, com um saldo de cinco mortos.

No total, umas vinte pessoas morreram nas primeiras horas desta quinta-feira em todo o país, segundo fontes policiais, que informaram também sobre a descoberta de 40 corpos em vários bairros da capital.

Um grupo armado atacou nesta quinta-feira a sede de uma nova rede de TV em Bagdá, matando nove pessoas, entre elas o diretor-geral, informou um funcionário da rede que pediu anonimato por razões de segurança.

"Quando chegamos nesta manhã, encontramos os corpos", acrescentou.

A nova rede de TV por satélite Al Chabiya, instalada numa casa do bairro Zayuna (centro-oeste de Bagdá), ainda não começou a transmitir e difunde músicas e publicidade. O lançamento dos programas estava previsto para depois do mês muçulmano do Ramadã.

O diretor-geral da rede, Abdel Rahim al Nasraui, e o apresentador principal, Zaker Hussein, foram assassinados, assim como empregados e guardas, disse o funcionário.

Nasraui, um xiita, era chefe de um pequeno partido laico pouco conhecido, o Partido da Justiça e do Progresso Democrático, cuja reivindicação principal era um calendário para a partida das forças americanas no Iraque.

Paralelamente, na Praça de Tayarán, no centro de Bagdá, cinco pessoas morreram e outras dez ficaram feridas na explosão de um carro-bomba seguida da deflagração de um artefato artesanal.

No norte da capital, uma motocicleta-bomba matou três pessoas, entre elas um policial, e deixou quinze feridos. O veículo estava estacionado numa estrada que leva ao norte do Iraque.

Nas últimas 24 horas, um total de 40 cadáveres foram encontrados em diversos bairros de Bagdá, anunciou a polícia. Trata-se de novas vítimas da guerra de grupos rivais xiitas e sunitas.

No norte do Iraque, dois soldados iraquianos foram mortos e outros seis ficaram feridos na explosão de uma bomba numa estrada entre Bagdá e Kirkuk.

Um soldado americano morreu na mesma região nesta quarta-feira, durante uma operação na província de Kirkuk, o que eleva para 2.750 o número de militares dos Estados Unidos mortos no Iraque desde a invasão em março de 2003.

O exército americano afirmou na quarta-feira que será necessário manter a mesma presença militar até 2010.

Mais de 140.000 militares dos Estados Unidos se encontram em ação atualmente no Iraque.