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Polícia Brasil
Quinta - 12 de Outubro de 2006 às 08:57

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O Ministério Público pediu a prisão preventiva do juiz aposentado Pedro Pereira Campos Filho, de Rondonópolis. O magistrado foi detido na sexta-feira passada por posse ilegal de arma.

Os promotores também querem o bloqueio dos bens do juiz e de outros acusados de fazer parte da organização criminosa que beneficiaria traficantes. A denúncia foi concluída nesta quarta-feira.

Para o Ministério Público, o juiz aposentado está no centro de um esquema de venda de sentenças na Comarca de Rondonópolis. Pedro Pereira é acusado de corrupção passiva, abuso de autoridade, formação de quadrilha e associação ao tráfico de entorpecente.

No relatório, o Ministério Público também denuncia a filha do juiz, Fabiana Braga Campos, que era funcionária do gabinete da 3ª Vara Criminal de Rondonópolis.

Ainda segundo o Ministério Público, pai e filha teriam recebido vantagem indevida em dinheiro em troca de favorecimento de decisões judiciais, intermediadas por advogados de traficantes que foram presos durante a Operação Overlord. A denúncia apresenta relatos de conversas telefônicas gravadas com autorização da justiça. Para os promotores, as conversas são provas reais dos crimes.

O juiz Pedro Pereira também pode ter seus bens seqüestrados. Os promotores Sérgio Silva da Costa, Dulcilei Ribeiro Ambrósio e Sasenazy Dalfenbach, que estão à frente das investigações, alegam no pedido que tal medida é fundamental para obtenção de provas e assegurar a indisponibilidade dos bens adquiridos de forma ilícita.

As denúncias foram concluídas no final da tarde desta quarta-feira e protocoladas no fórum de Rondonópolis. Segundo informações dos servidores do cartório distribuidor, responsável por encaminhar os processos para as Varas Criminais, por causa do feriado, as atividades ficam suspensas e devem ser retomadas somente na segunda-feira.

Além do juiz aposentado Pedro Pereira Campos Filho e da filha dele, o Ministério Público cita mais 23 pessoas por envolvimento no esquema. Parte delas também pode ter os bens indisponibilizados. Entre os acusados estão advogados, traficantes, agentes da Polícia Civil e quatro delegados: Anaíde de Barros, Maurício Braga, Eduardo César Gomes e Antônio Moura Filho.

Quanto à transferência dos três advogados e do assistente de um deles, presos na Cadeia Pública de Rondonópolis, ainda não há a confirmação oficial da data e do local para onde eles serão levados. O quarto advogado citado no caso, João Batista Borges Júnior, foi preso em Mato Grosso do Sul e transferido para o presídio militar em Santo Antônio de Leverger.





Fonte: RMT-Online

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