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Educação/Vestibular
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 19:23
Por: Rosane Brandão

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“Vê-los fazer um simples movimento vale mais que alfabetizar uma criança”. A frase foi dita pela professora de Educação Especial, Francisca Pereira da Silva, ao se referir aos seus alunos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs).

Com o dia dos professores se aproximando, ela faz uma reflexão sobre o trabalho que desenvolveu durante os 10 anos de carreira, relembrando os momentos especiais, que viveu ao lado dos pupilos.

Francisca é habilitada em pedagogia, com especialização na área de deficiência mental, e leciona na Escola Estadual de Educação Especial “Livre Aprender”, em Cuiabá. Ela divide o trabalho com a colega Jucineide Maria Silva, também especialista na área de deficiência mental, onde desenvolve a estimulação precoce em uma sala com 11 crianças.

Conforme relata Francisca, a primeira vez que entrou em uma sala de Educação Especial chorou muito e pensou em ir embora. “Eu achei que aquilo não era lugar para mim. Logo depois parei e pensei: aqui é lugar para mim sim. Enfim, estou há 10 anos me dedicando a essas crianças que são muito especiais”, conta.

Para Jucineide, que trabalha há 12 anos com Educação Especial, o professor precisa ter uma visão especial sobre as crianças PNEEs. Para isso destaca ela, é importante ter uma educação diferenciada e estar preparado para saber qual a necessidade individual os pupilos. “O trabalho que desenvolvemos é de extrema necessidade para as crianças com deficiências, pois aqui as valorizamos e propiciamos melhor socialização a elas”, destaca a professora. “Qualquer estímulo que elas demonstram é uma vitória para nós”, acrescenta.

As professoras atendem, em tempo integral, crianças de zero a cinco anos, portadoras de múltiplas deficiências – mais de duas deficiências, como paralisia cerebral, autismo, déficit cognitivo e debilidade mental. Para concluir o trabalho, as duas recebem orientação e auxílio da fisioterapeuta Luciana Taques. “Durante os dez anos de carreira, além de ensinar eu aprendi muita coisa com os meus alunos. Uma delas foi valorizar mais a vida, principalmente as pequenas coisas do dia-a-dia”, disse Francisca.

O trabalho pedagógico realizado na sala especial é voltado para o desenvolvimento cognitivo e área motora, onde usam materiais adequados para atender as necessidades de cada criança. Alguns dos equipamentos usados para estimula-las são: Transfer, para posicionar o estudante na posição correta, postura e marcha; Parapódio, que proporciona mais conforto; Cadeira de canto, que favorece o controle cervical; varal sensorial, para estimular as áreas perceptivas; Cavalinha, que mantém o aluno com postura e favorece o equilíbrio.

Segundo Francisca o primeiro passo de seu trabalho é fazer com que as crianças desenvolvam percepção visual e cerebral e, para isso, são usadas às cores e outros estímulos visuais. “Aqui nós não trabalhamos somente o pedagógico, mas também o amor e a dedicação. O mais importante para essas crianças é a qualidade de vida, por isso incluímos também o trabalho com a família, procurando conquistar a confiança dos pais”, observou Francisca.





Fonte: Da Assessoria

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