Justiça diz que 112 camponeses foram assassinados na Venezuela
O procurador geral da República, Isaias Rodríguez, disse em entrevista coletiva que 56 pessoas já foram acusadas por estes crimes, das quais 28 estão sendo julgadas atualmente.
Além disso, 11 cumprem pena e 17 estão sendo procurados pelas autoridades.
Tanto a Procuradoria como a Defensoria Pública assinalaram que a maioria destes crimes ocorreu por encomenda, e afetaram líderes agrários e beneficiados pela redistribuição de terras feita pelo Governo.
Porta-vozes camponeses denunciaram que a autoria intelectual da maioria dos assassinatos é de fazendeiros que se opõem à reforma agrária.
Representantes de entidades agropecuárias negaram envolvimento nos crimes, e os atribuíram ao clima de insegurança vivido em algumas regiões do país, especialmente as próximas à fronteira com a Colômbia.
O ministro do Interior Jesse Chacón acusou alguns fazendeiros de terem contratado ex-paramilitares colombianos para assassinar camponeses.
O defensor público Germán Mundarain afirmou que as famílias de 52 vítimas destes crimes são ajudadas atualmente pelo Estado.
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