Saúde materna é tema de discussão em encontro de relações internacionais
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, atualmente, morrem no Brasil cerca de 75 mulheres a cada 100 mil nascidos vivos. O índice estabelecido pelo organismo internacional é de 6 a 20 mortes a cada 100 mil nascidos vivos.
Segundo coordenador do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal do Ministério da Saúde, Adson França, a maior parte das mulheres que morrem na hora do parto tem baixo poder aquisitivo, cuja famílias, às vezes, ganham menos de três salários mínimos por mês, a maioria negras e índias que não conseguiram completar o ensino fundamental.
Na avaliação dele, além de melhorar o acesso à informação e a escolaridade das brasileiras, a violência contra a mulher é outra situação que precisa ser mudada.
"Das duas mil mulheres que morrem no Brasil por ano, quase 400 são por complicações por abortamento decorrentes de violência. Temos que ter uma rede atenta e humanizada a complicações que sofrem as mulheres vítimas de violência", diz. "A nova lei que determina a prisão do agressor é uma grande aliada, pois o arcabouço jurídico é importante. Agora, o agressor não sairá da cadeia apgando apenas algumas cestas básicas. Ele terá que cumprir pena".
Com o slogan Oito objetivos. Infinitas razões para mudar o mundo, a conferência reúne especialistas, estudiosos e estudantes para debater as oito metas de desenvolvimento do milênio, traçadas pelos 191 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao final do encontro, será elaborado um documento com todas os temas e sugestões, que deve ser encaminhado aos governos estaduais e municipais de todo o país.
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