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Cidades/Geral
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 13:54

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O corregedor geral da Câmara Federal, deputado federal Ciro Nogueira (PP-PI), revelou que a mesa diretora vai reabrir os processos contra os deputados que foram acusados por irregularidades e foram reeleitos. Ciro Nogueira informou que a intenção da mesa diretora da Câmara é manter vivo os processos que foram abertos contra os deputados que foram acusados. Mesmo sendo outra legislatura, as acusações e denúncias devem continuar e os reeleitos podem ainda responder novamente pelas irregularidades cometidas no mandato anterior.

Ciro Nogueira comentou que os processos contra os deputados que renunciaram para escapar de uma eventual cassação, podem ter o processo retomado nesta nova legislatura. Pelo menos este é o entendimento da mesa diretora que estuda a forma de fazer isso.

O corregedor disse que não pode abrir processo contra os deputados que ainda não foram empossados e nomeados. "Eu nem pretendo ser candidato a corregedor novamente na próxima legislatura. É uma função muito espinhosa. É duro agir contra os deputados", comentou o deputado piauiense.

São 55 deputados que foram acusados de irregularidades como envolvimento com o mensalão, participar da máfia dos sanguessugas, ou que respondem a inquérito ou processo na Justiça por algum tipo de crime. Dentre alguns dos eleitos está Valdemar da Costa Neto (PL-SP), Paulo Rocha (PT-PA), que renunciaram para não serem cassados na CPI do Mensalão. O deputado Pedro Henry (PP-MT) acusado de compra superfaturada de ambulâncias também foi reeleito. O mesmo aconteceu com o deputado Vadão Gomes (PP-SP) denunciada no esquema do mensalão.

O deputado Paulo Magalhães (PFL-BA) também está sendo investigado pela participação na máfia dos sanguessugas. Sandro Mabel (PL-GO) também aparece no envolvimento do esquema do mensalão.

O Conselho de Ética estava investigando outros sete parlamentares que supostamente participaram do esquema de caixa 2 atribuído ao PT. De 63 deputados acusados na máfia das ambulâncias, apenas doze conseguiram a reeleição. Alguns deputados acusados de outros crimes ainda estão sendo investigados pelo Conselho de Ética. Eles poderão ser cassados no novo mandato.

O site Congresso em Foco aponta o nome dos deputados que foram reeleitos e respondem a irregularidades ou estão sendo investigados pelo Ministério Público ou pela Justiça.

Investigados pelo MP por suspeita de envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas: Benedito de Lira (PP-AL) - 106.537 (reeleito) Dr. Ribamar Alves (PSB-MA) - 62.952 (reeleito) Paulo Magalhães (PFL-BA) - 113.199 (reeleito) Mário Negromonte (PP-BA) - 103.277 (reeleito) Nélio Dias (PP-RN) - 93.245 (reeleito) Saraiva Felipe (PMDB-MG) - 132.694 (reeleito) Acusados pela CPI dos Sanguessugas João Magalhães (PMDB-MG) - 82.030 (reeleito) Marcondes Gadelha (PSB-PB) - 39.361 (reeleito) Pedro Henry (PP-MT) - 73.312 (reeleito) Raimundo Santos (PL-PA) -59.681 (reeleito) Welinton Fagundes (PL-MT) - 78.215 (reeleito) Wellington Roberto (PL-PB) - 125.407 (reeleito) Respondem a processo ou inquérito na Justiça Abelardo Lupion (PFL-PR) - 122.861 (reeleito) Aelton Freitas (PL-MG) - 85.362 (é senador na atual legislatura) Aníbal Gomes (PMDB-CE) - 178.938 (reeleito) Antônio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) - 109.150 (reeleito) Antonio Palocci (PT-SP) - 152.235 (ex-ministro da Fazenda) Carlos Souza (PP-AM) - 147.178 (reeleito) Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) - 66.770 (reeleito) Celso Russomano (PP-SP) - 573.513 (reeleito) Chico da Princesa (PL-PR) - 84.046 (reeleito) Ciro Nogueira (PP-PI) - 107.563 (reeleito) Cláudio Cajado (PFL-BA) - 86.773 (reeleito) Clóvis Fecury (PFL-MA) - 102.404 (reeleito) Darcísio Perondi (PMDB-RS) - 94.051 (reeleito) Davi Alcolumbre (PFL-AP) - 12.377 (reeleito) Dilceu Sperafico (PP-PR) - 116.632 (reeleito) Eduardo Gomes (PSDB-TO) - 33.664 (reeleito) Eliseu Padilha (PMDB-RS) - 140.494 (reeleito) Giacobo (PL-PR) - 92.868 (reeleito) Guilherme Menezes (PT-BA) - 87.010 (reeleito) Jader Barbalho (PMDB-PA) - 331.526 (reeleito) Jackson Barreto (PTB-SE) - 100.366 (reeleito) José Tatico (PTB) - 84.663 (reeleito pelo estado de Goiás) Jovair Arantes (PTB-GO) - 105.219 (reeleito) Júlio Cesar (PFL-PI) - 84.812 (reeleito) Luiz Bittencourt (PMDB-GO) - 71.332 (reeleito) Marcelo Teixeira (PSDB-CE) - 100.522 (reeleito) Marcio Reinaldo (PP-MG) - 126.304 (reeleito) Marinha Raupp (PMDB-RO) - 65.420 (reeleita) Nelson Bornier (PMDB-RJ) - 132.933 (reeleito) Odílio Balbinotti (PMDB-PR) - 116.398 (reeleito) Osvaldo Reis (PMDB-TO) - 40.752 (reeleito) Paulo Magalhães (PFL-BA) - 113.199 (reeleito) Paulo Maluf (PP-SP) - 739.821 Rubens Otoni (PT-GO) - 87.258 (reeleito) Sandro Mabel (PL-GO) - 108.629 (reeleito) Thelma de Oliveira (PSDB-MT) - 76.770 (reeleita) Vadão Gomes (PP-SP) - 78.728 (reeleito) Wladimir Costa (PMDB-PA) - 216.972 (reeleito) Zé Gerardo (PMDB-CE) - 185.925 (reeleito) Acusados de envolvimento com o mensalão João Paulo Cunha (PT-SP) - 177.055 (reeleito) José Mentor (PT-SP) - 104.935 (reeleito) Paulo Rocha (PT-PA) - 117.272 - (renunciou após o mensalão) Pedro Henry (PP-MT) - 73.312 (reeleito) Sandro Mabel (PL-GO) - 108.629 (reeleito) Valdemar Costa Neto (PL-SP) - 104.156 (renunciou após o mensalão) Vadão Gomes (PP-SP) - 78.728 (reeleito)





Fonte: Agência Estado

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