"Uma das coisas mais importante que temos de tirar de lição é seguir cuidando das pessoas que ainda estão internadas e lutando pela vida. Essas pessoas serão acompanhadas por pelo menos cinco anos. Receberão cuidados respiratórios durante este período," afirmou Padilha.
O ministro também anunciou que todas as pessoas que tiveram na boate Kiss na madrugada da tragédia serão monitoradas pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul. Segundo ele, as avaliações começarão a ser realizadas no próximo dia 9, em Santa Maria. Mesmo quem não apresentou nenhum sintoma será monitorado.
"É importante que essas pessoas passem por uma avaliação clínica depois de um mês da tragédia, mesmo quem não sentiu nada. Por isso, estaremos com uma unidade no Hospital Universitário de Santa Maria para atender a esse grupo. Quem apresentar alguma alteração no sistema respiratório, será encaminhado para outros exames. Será um mutirão," resumiu Padilha.
De acordo com o ministro, as pessoas que estiveram na Kiss serão convocadas para a avaliação por meio de cartas.
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.
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