Taxista é ferido à faca na garganta; 176 assaltos em nove meses
Senivaldo Bezerra da Silva, de 38 anos, está sendo transferido daqui a pouco para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) em estado grave. Além do grave ferimento no pescoço, ele perdeu muito sangue.
O taxista foi atraído para uma corrida por dois homens que se passaram como passageiros, e ao chegar próximo à Secretaria de Infra-estrutura no Centro Político Administrativo (CPA), teve uma faca encostada no pescoço. Era um assalto. Os bandidos queriam dinheiro, jóias, celular, cheque, cartões e o carro.
Senivaldo, no entanto, preferiu reagir. Lutou, mas foi vencido pela violência dos bandidos, que fugiram sem roubar nada. O taxista foi salvo pelos seguranças da Assembléia Legislativa que ouviram seus gritos de socorro.
O carro de Senivaldo, o Parati placa JZO-9907, prefixo 77 da Rádio Táxi Bandeirantes, com ponto fixo ao lado do Hospital Santa Helena foi deixado para trás com muitas marcas de sangue e todo revirado.
“Não dá para falar muito agora porque eu estou tentando uma vaga na UTI para transferir o companheiro ferido pelos ladrões. Mas é um absurdo o que estão fazendo. Precisamos de mais segurança. Pedimos até que a Polícia Militar nos pare nas blitz, principalmente à noite e revistem o passageiro. Isso nos ajuda muito”, pediu Toninho.
ASSASSINADO
Ladrões ainda desconhecidos da Polícia mataram um pai de família que deixou seis filhos órfãos, dois deles ainda menores. O taxista Ideraldo Andrade Vieira, de 43 anos, foi encontrado morto por volta das 15 horas da última segunda-feira (09) com um tiro na cabeça.
O corpo estava jogado próximo às margens do Rio Cuiabá, nos fundos de uma chácara localizada no bairro Parque Atalaia, região do Coxipó, na periferia de Cuiabá. Até às 12 horas, segundo a reportagem apurou, Ideraldo estava no ponto dele, em frente ao Supermercado Modelo, na Avenida Tenente-coronel Duarte (antiga Prainha), no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.
A morte de Ideraldo e agora o assalto com tentativa de homicídio contra Senivaldo revoltou ainda mais a categoria de taxistas. “A gente paga imposto, mas a gente não tem segurança. Só este ano já mataram três companheiros nosso. Agora as mortes registradas em anos anteriores nós já perdemos as contas”, criticou um taxista que faz ponto na área central de Cuiabá e que já foi assaltado três vezes.
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