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Transparência Brasil critica relatório de matriz
A organização não-governamental Transparência Brasil criticou os resultados de um estudo divulgado por sua associada, a Transparência Internacional, sobre a propensão de pagar propinas no exterior de empresas dos 30 maiores países exportadores.
Pelo relatório, divulgado no início de outubro, o Brasil ficou em 23º lugar na lista do chamado Índice de Países Corruptores. Quanto mais no topo da lista, menos propensão as empresas do país teriam de pagar subornos.
Segundo a Transparência Brasil, a primeira pergunta feitas às pessoas entrevistadas pela Transparência Internacional (pedindo para assinalar os países de origem das empresas estrangeiras que mais comercializam no país do entrevistado) era irrelevante e vaga, e influenciou a resposta da segunda pergunta (pedindo para apontar quais dos países assinalados tinham empresas que pagam propinas).
A ONG brasileira também diz que o levantamento não leva em conta as balanças comerciais dos países, gerando um "desequilíbrio sistemático na amostragem".
A Transparência Brasil explica com um exemplo: "os pesquisados do Reino Unido (país que responde por 4,9% das importações mundiais) corresponderam a 72, enquanto que pessoas convidadas a responder oriundas do Benin (0,01% das importações mundiais) foram 147".
'Irresponsável'
As críticas da ONG ao estudo da Transparência Internacional não terminam por aí.
"Não apenas a amostra é desequilibrada, como ainda não se dão informações sobre os países de origem dos respondentes para cada um dos 30 países focalizados", diz o documento da Transparência Brasil.
Com isso, argumenta a ONG, não se saberia, por exemplo, se as respostas relativas ao Brasil vieram majoritariamente de pessoas dos países que mantêm relações comerciais relativamente altas com o Brasil ou não. "Com isso, não é impossível que as valorações dadas a determinados países tenham se originado de respondentes com pouca experiência real com tais países", conclui.
A Transparência Brasil diz ainda que o Índice de Países Corruptores provavelmente refleteria as opiniões dos entrevistados a respeito de países, "ao menos em parte provavelmente absorvidas de impressões transmitidas por terceiros e pela mídia".
As afirmações feitas a vários veículos de comunicação pela diretora regional para as Américas da Transparência Internacional, Silke Pffeifer, no dia da divulgação do estudo, foram consideradas pela Transparência Brasil "gratuitas, desinformadas e irresponsáveis".
Segundo a Transparência Brasil, a primeira pergunta feitas às pessoas entrevistadas pela Transparência Internacional (pedindo para assinalar os países de origem das empresas estrangeiras que mais comercializam no país do entrevistado) era irrelevante e vaga, e influenciou a resposta da segunda pergunta (pedindo para apontar quais dos países assinalados tinham empresas que pagam propinas).
A ONG brasileira também diz que o levantamento não leva em conta as balanças comerciais dos países, gerando um "desequilíbrio sistemático na amostragem".
A Transparência Brasil explica com um exemplo: "os pesquisados do Reino Unido (país que responde por 4,9% das importações mundiais) corresponderam a 72, enquanto que pessoas convidadas a responder oriundas do Benin (0,01% das importações mundiais) foram 147".
'Irresponsável'
As críticas da ONG ao estudo da Transparência Internacional não terminam por aí.
"Não apenas a amostra é desequilibrada, como ainda não se dão informações sobre os países de origem dos respondentes para cada um dos 30 países focalizados", diz o documento da Transparência Brasil.
Com isso, argumenta a ONG, não se saberia, por exemplo, se as respostas relativas ao Brasil vieram majoritariamente de pessoas dos países que mantêm relações comerciais relativamente altas com o Brasil ou não. "Com isso, não é impossível que as valorações dadas a determinados países tenham se originado de respondentes com pouca experiência real com tais países", conclui.
A Transparência Brasil diz ainda que o Índice de Países Corruptores provavelmente refleteria as opiniões dos entrevistados a respeito de países, "ao menos em parte provavelmente absorvidas de impressões transmitidas por terceiros e pela mídia".
As afirmações feitas a vários veículos de comunicação pela diretora regional para as Américas da Transparência Internacional, Silke Pffeifer, no dia da divulgação do estudo, foram consideradas pela Transparência Brasil "gratuitas, desinformadas e irresponsáveis".
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/269362/visualizar/
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