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Cidades/Geral
Quarta - 11 de Outubro de 2006 às 00:44

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Bancários de Mato Grosso decidiram, por maioria, acabar com a greve da categoria. A decisão foi tomada durante a assembléia geral que teve a presença de 143 bancários, realizada na noite desta terça-feira. A categoria acatou o reajuste de 3,5% nos salários, bem como em todas as verbas de natureza salarial, como no vale-refeição e em outros benefícios.

Desde quinta-feira, dia 5 de outubro, os bancários de todo o país estavam em greve geral reivindicando aumento real de 7,05% mais a inflação no período; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 5% do lucro líquido linear para todos, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500; saúde e condições de trabalho; fim do assédio moral e das metas abusivas; isonomia para todos, dentre outros itens. Durante todos esses dias, mais de 190 mil bancários paralisaram o atendimento em milhares de agências bancárias distribuídas pelo Brasil.

Em Mato Grosso, os bancários também paralisaram as atividades. As manifestações começaram em Cuiabá e Várzea Grande, as duas maiores cidades do Estado, mas aos poucos foi conquistando a adesão dos bancários no interior, como Sinop, Tangará da Serra, Cáceres e Sorriso. No Estado, até 55 agências tiveram os atendimentos ao público suspensos. "Tivemos uma greve difícil, pois lutamos o tempo todo contra a prepotência e poder do dinheiro dos banqueiros", comentou o presidente do Sindicato dos Bancários no Estado de Mato Grosso, Eduardo Alencar.

Nesta terça, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) convocou uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional. Da 8ª rodada veio a proposta de reajuste com aumento real de 3,5% no salário. Houve também melhora na proposta de PLR, que prevê a distribuição de 80% do salário, já reajustado, mais R$ 828 na parte fixa. Além disso, ainda há uma parcela adicional que será de 8% da variação nominal do lucro líquido do banco em 2006 em relação a 2005, que será distribuído linearmente para todos os funcionários que tenham teto de R$ 1.500. Para os bancos que tiveram um aumento de pelo menos 15% na lucratividade fica garantido o mínimo de R$ 1.000. Além disso, de acordo com a Fenaban, ficou definido também, que os dias parados poderão ser compensados até 31/12.

Bancos públicos

Já quanto às negociações com o Banco do Brasil houve aumento sobre a parte variável da PLR, que é de 88% para 95% do valor referência. O banco manteve os R$ 412 da parcela fixa e a distribuição linear de 4% do lucro líquido, o que daria R$ 1.814,49 para cada funcionário. O banco também garantiu que irá manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho do ano passado.

Na Caixa Econômica Federal, os empregados conseguiram avanços no Plano de Cargos Comissionados (PCC). A diretoria do banco apresentou proposta com avanços também para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), entre outros itens.




Fonte: Da Assessoria

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