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Nacional
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 13:42

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A Eletronuclear, responsável pelo funcionamento e manutenção da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, constituída pelas usinas Angra 1 e Angra 2, aguarda decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para dar continuidade à construção da usina de Angra 3.

Pelo Plano Decenal de Energia, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia, Angra 3 deverá entrar em funcionamento em 2013.

A informação foi dada pelo assessor da presidência da Eletronuclear Leonam dos Santos Guimarães. "A Eletronuclear está no grid de largada, esperando a decisão de Angra 3", disse ele. Tomada essa decisão, a empresa está pronta para cumprir o cronograma previsto no plano decenal, acrescentou.

Amanhã (11), representantes da Eletrobrás participam do Seminário Franco-Brasileiro de Produção de Eletricidade por Tecnologia Nuclear. O seminário encerra um ciclo de encontros que começou Curitiba, no último dia 4, e percorreu também as cidades de Recife e São Paulo.

Leonam Guimarães disse que, atualmente, a geração nuclear participa com 2,5% da matriz energética brasileira, contra 78% na França. Com Angra 3, ele acredita que haverá um salto de cerca de 40%, o que elevará a participação da fonte nuclear na matriz para algo superior a 3%.

O seminário conta com a participação da Areva, empresa francesa que é a maior fornecedora mundial de centrais nucleares, e também parceira da Eletronuclear nas usinas de Angra dos Reis. "Os dirigentes da Areva demonstram interesse no potencial que o Brasil tem de participar do mercado internacional de urânio como fornecedor, e isso abre um leque muito grande de parcerias", destacou Leonam.

Embora seja o sexto maior produtor mundial de urânio, o Brasil só prospectou até agora menos de um terço do território nacional. As reservas conhecidas até o momento em apenas duas jazidas (Itataia, no Ceará, e Lagoa Real, na Bahia) somam cerca de 310 mil toneladas. Segundo Leonam, se forem contadas outras jazidas existentes no Pará, Amazonas e Minas Gerais, a posição brasileira no ranking em termos de reservas de urânio subirá para o segundo ou terceiro lugares em reservas.





Fonte: Agência Brasil

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