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Internacional
Terça - 10 de Outubro de 2006 às 09:53

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O presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, severamente criticado pelo "fracasso" de sua política de aproximação da Coréia do Norte, se reuniu nesta terça-feira com os dirigentes políticos do país para elaborar uma resposta "firme" a Pyongyang depois do teste nuclear realizado nesta segunda-feira.

Enquanto os 650.000 militares sul-coreanos eram postos em estado de alerta, o chefe de Estado iniciava uma série de consultas políticas.

O mandatário se encontraria com três de seus predecessores na presidência, entre eles Kam Dae Jung, o primeiro governante sul-coreano a viajar a Pyongyang, em junho de 2000, para iniciar uma política de aproximação com seu líder norte-coreano Kim Jong Il.

Nas primeiras horas da manhã, o presidente Roh havia se reunido com representantes do partido Uri (no poder) e da oposição para conhecer seus respectivos pontos de vista.

Já o ministro de Defesa, Yoon Kwang-ung, presidiu uma reunião de urgência com cerca de cinquenta altos oficiais militares. O ministro também conversou com o secretário de Defesa americano, Ronald Rumsfeld.

Os dois homens concordaram em incluir o teste nuclear norte-coreano na agenda das reuniões anuais entre os chefes militares de ambos os aliados em 20 de outubro, em Washington.

O teste nuclear significa um duro golpe para a "política do raio de sol", como é chamada a política de aproximação com Pyongyang iniciada em junho de 2000.

Pouco depois do anúncio do teste norte-coreano, Seul advertiu que "não vai tolerar" em suas portas um regime comunista com capacidade nuclear.

Imediatamente, anunciou a suspensão da entrega humanitária de cimento, que começara depois das terríveis inundações no Norte em meados do ano.

"O governo estima ser difícil continuar com sua política de compromisso com a Coréia do Norte", advertiu nesta segunda-feira o chefe do Estado sul-coreano.

Mas deixou espaço para a negociação: "não devemos abandonar o diálogo, mas a situção muda".

O presidente Roh foi criticado severamente por ter promovido contra a maré a política de aproximação a Pyongyang.

"Sua incompetência e sua arrogância permitiram à Coréia do Norte obter armas nucleares", acusou o jornal JoongAng.

"O presidente Roh deve destituir as pessoas encarregadas da diplomacia e da segurança nacional e chamar outras", acrescentou o jornal.

Para o Korea Herald, a alternativa é simples: "Seul tem duas opções: seguir entregando sua ajuda (humanitária) ao Norte, o que levaria a pensar que o Sul cedeu à chantagem nuclear; ou terminar com a política de compromisso e se preparar para qualquer eventualidade".





Fonte: AFP

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